quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Anjo de Guarda ou Espírito Protetor

Espírito que se incumbe da tarefa de amparar um outro espírito na etapa encarnatória - todas as pessoas possuem um. Geralmente, são designados os espíritos afins_e_simpáticos para estabelecerem tal relação. Um guia espiritual é, via de regra, um espírito mais evoluído que o seu protegido. Não raro, se vêem mães guiando filhos ou maridos guiando esposas, e assim por diante. Um guia acompanha o seu protegido oferecendo apoio num momento de sofrimento, esclarecimento numa hora de dúvida, ajuda num instante de perigo, etc. As pessoas, mesmo sem perceber, estão submetidas à influência benévola desse guia constantemente e, ao mínimo pensamento feito a ele, o bondoso espírito se faz presente e exerce sua tarefa caridosa e despretensiosa. Um guia está profundamente ligado a seu protegido por motivos de afinidade_espiritual e sempre executa sua missão com um sentimento espontâneo de ajuda, porquanto essa ajuda também significa o seupróprio_desenvolvimento_e_evolução. Essa terminologia de "anjo da guarda", utilizada seriamente por outras religiões, pode ser tomada "emprestada" pelo Espiritismo, pois se enquadra perfeitamente para esse espírito missionário: consiste no amigo constante e amoroso que Deus proporciona a todos os encarnados na difícil etapa carnal - é comumente também chamado de "protetor espiritual" ou de "mentor espiritual".
Muitos pensam que seu anjo de guarda ou Espírito Protetor seja um ser elevadíssimo, um Espírito Superior - isso é uma presunção. Seria o mesmo que pretendermos que o Ministro da Justiça viesse resolver a nossa questiúncula com nosso vizinho. Para isso, existe uma autoridade específica. Que temos diversos Espíritos que se interessam pela nossa proteção e desenvolvimento, não resta dúvida, mas que os mesmos sejam de ordem superior é pura vaidade de nossa parte; contudo, são de fato melhores do que nós, pois não se justificaria que um inferior protegesse um superior. Assim sendo, todos nós temos os nossos guardiães, segundo as nossas condições evolutivas. Entretanto, é necessário lembrar que há uma hierarquia em todos os planos, tendo em vista que quando o problema escapa à competência do mentor, ele solicita do seu superior a necessária intervenção. Outro aspecto a ser considerado é o da efetiva e ininterrupta assistência do guardião ao seu pupilo, como fosse um escravo a nosso serviço. Quando os Espíritos disseram que o anjo guardião se liga ao seu protegido, não significa uma constante assistência, mas sim um compromisso para com aquela criatura, ajudando-a sempre que necessário, seja pela evocação feita pelo tutelado ou pelos vigilantes deste, que são os Espíritos familiares ou afins. Caso contrário, o protetor não disporia de tempo para os estudos (o Espírito evolui eternamente) ou para outras tarefas, bem como para o lazer. Lembremo-nos também que temos a companhia que estivermos invocando pelas nossas condições_mentais, as quais variam segundo as nossas atitudes: se estivermos voltados para os anseios_carnais ou violentos, não poderemos ser ajudados pelos nossos benfeitores, porque, ao afinar com entidades inferiores, automaticamente estaremos repelindo, sintonicamente, aqueles que nos querem ajudar. 
Fontes:
www.guia.heu.nom.br;
Romeu Leonilo Wagner, Belém, Pará

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

BENEFÍCIOS DAS REUNIÕES MEDIÚNICAS ESPÍRITAS

                              As tarefas desenvolvidas, nas reuniões mediúnicas espíritas, devidamente estruturadas dentro do método que preceituam os postulados doutrinários do Espiritismo, facultam benefícios extraordinários para os planos de vida física e espiritual.
                              No transcorrer do desenvolvimento, educação da mediunidade e desobsessão dos encarnados, os Benfeitores Espirituais promovem a profilaxia nos participantes destas atividades, em torno de doenças enigmáticas na área física e mental, possibilitando o desdobramento das potencialidades mediúnicas daqueles que lhes são portadores, ao mesmo tempo, tratando com eficiência dos médiuns atormentados por Espíritos malévolos ou portadores de auto-obsessão pertinazes com que lhes ensejam liberação, conduzindo-os ao trabalho da caridade anônima e fraternal.
                              Nestes intercâmbios salutares, os integrantes dos grupos mediúnicos fruem da oportunidade de aprendizado junto aos desencarnados, ouvindo-lhes as lições vivas dos seus depoimentos realísticos sobre as dificuldades encontradas na pátria espiritual, por haverem desconsiderado os patrimônios que a vida lhes ofereceu.
                              Simultaneamente, tomam conhecimento das técnicas empregadas pelos Espíritos infelizes, que exercem perturbação, agridem e prejudicam os seus desafetos que transitam no corpo – seus algozes impiedosos de existências passadas – resultando daí, um convite silencioso para todos fazerem uma reavaliação do comportamento pessoal diante do próprio ingresso na vida futura.
                              Decorrente desta convivência entre os dois mundos, o dos encarnados e dos desencarnados, utilizando-se das informações colimadas no desenrolar destes misteres, conscientizam-se da necessidade de efetuarem modificações graduais, nas suas personalidades deficientes, ocorrendo, então, o grande fenômeno efeito da comunicabilidade dos Espíritos, qual seja, o do acordar a consciência dos seres inteligentes que vivem no corpo ou fora dele, com reflexos favoráveis para o surgimento de uma humanidade mais feliz.
                              Além disso, as cargas psíquicas, carreadas por vibrações deletérias dos seres espirituais infelizes provenientes do entrechoque de paixões absorventes, são diluídas, nessas ocasiões, por mecanismos especiais; as tensões nocivas em forma de frustração, ansiedade, ódio, desejo de vingança e medo, diminuem de intensidade, apaziguadas pelo refrigério do tratamento fluidoterápico feito pelos Espíritos Superiores, abrindo espaços no mundo íntimo dos participantes para um posicionamento com melhores perspectivas de um retorno à normalidade e à conquista da paz em futuro próximo.
                              Especificamente, para os desencarnados, sofredores ou perturbadores da Erraticidade inferior, essas reuniões funcionam como meio mais direto de socorro, esclarecimento, tratamento e preparação com vistas a um novo retorno ao palco da existência física, onde repetirão as experiências malogradas, aliviando, por sua vez, o peso específico da psicosfera da Terra, sobrecarregada de fluidos enfermiços e desagregadores, provindos da população flutuante das zonas umbralinas, tão prejudiciais para a saúde física, quanto mental e espiritual dos habitantes terrestres.
                              Durante os breves minutos que se passam na ocorrência do fenômeno de acoplagem mediúnica quando se verifica a psicofonia, acontece uma verdadeira “reencarnação” a curto prazo, quando o desencarnado ensaia, prepara-se para uma “incorporação” de longo curso, que é a reencarnação definitiva, em novo casulo carnal...
                              Especialmente, no tratamento das doenças mentais, nos casos de perseguições odientas de desencarnados sobre encarnados, as reuniões mediúnicas espíritas, assumem uma posição de vanguarda para a cura definitiva desta enfermidade social epidêmica em virtude da larga incidência do fenômeno denominado, por Allan Kardec, como obsessão.
               Nesse particular, as suas atividades, facultadas pela mediunidade consciente e equilibrada, pela vivência e prática dos ensinamentos evangélicos vêm oferecendo uma grandiosa e abençoada contribuição, porque conseguem demonstrar que por detrás das neuroses e psicoses, nos distúrbios da emoção e da mente, invariavelmente, existe uma problemática de ordem espiritual, seja do próprio Espírito encarnado – um delinquente, fugitivo de anteriores existências, trânsfuga das leis divinas, diante de crimes hediondos perpetrados contra os seus semelhantes – seja daqueles que, no plano espiritual, geram no seu campo magnético lamentáveis expressões alienadoras que sintonizam por via obsessiva.
               Eminentes psiquiatras, psicanalistas e psicólogos em todas as épocas defrontaram o problema da obsessão. Não obstante o progresso extraordinário alcançado pelas “ciências do espírito”, em se tratando da influência ou o império persistente que Espíritos inferiores exercem em determinados indivíduos, a terapêutica psiquiátrica ainda se torna um tanto ineficaz, para lograr-se o êxito desejado, ou seja, a cura definitiva.
               Somente o Espiritismo, utilizando-se da mediunidade dignificada, nas reuniões especificas, consegue um percentual de cura expressivo, usando a terapia da catarse, na doutrinação dos Espíritos atormentados, através de médiuns adestrados, da moralização do próprio enfermo, como daquele que se encarrega do trabalho de aconselhamento do atormentado-atormentador.
               Um dia não muito distante, quando a ciência oficial abandonar os preconceitos escolásticos e o Espiritismo, como a mediunidade forem melhor conhecidos e estudados, disporemos de processos mais avançados, na área da Psiquiatria, para uma penetração em maior profundidade da problemática das alienações mentais, nas suas diversas e complexas feições, quando serão feitos em maior escala na atualidade, nos Sanatórios de doentes mentais, as técnicas desobsessivas, realizadas nas reuniões  mediúnicas espíritas, paralelamente ao tratamento psiquiátrico, proporcionando-se índices jamais imaginados nas curas definitivas das variadas  formas de psicopatias e alienações mentais.
               Se tudo isso não bastasse para enaltecer tal ministério de intercâmbio espiritual, poderíamos ainda contabilizar a favor das reuniões mediúnicas espíritas, o auxílio fraternal e solidário dado pelos Espíritos Superiores respondendo a um número sempre crescente de pedidos de orientação espiritual, ou então páginas e páginas de mensagens edificantes enfeixadas em livros traduzindo de forma decisiva, o valor inestimável da mediunidade vitoriosa sob a égide de Jesus Cristo, o Amigo Incomparável de todos nós.

( Artigo da autoria de José C. Ferraz, trabalhador da Mansão do Caminho ( Salvador/Bahia) e Membro do Projeto Manoel Philomeno de Miranda)
         

José Couto Ferraz