sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Encontro com as Crianças


O cantor incomparável

O Cantor Incomparável
 
Ele chegou à Terra, anunciado por um coro celestial que foi ouvido por pessoas simples, que se encontravam nos campos. Seres que dormiam sob o dossel das estrelas, enquanto guardavam as ovelhas, na noite ainda não de todo fria.
O Pastor das almas se fez anunciar aos pastores... Significativa mensagem.
Os versos da canção têm sido repetidos ao longo dos séculos, embalando a esperança e sustentando as almas: Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, boa vontade para com os homens.
E o Senhor das estrelas se fez carne e habitou entre nós. Aguardou os anos para Ele próprio entoar a mais enlevante canção de todos os tempos.
Canção que atravessou as épocas, que sobreviveu às guerras, às perseguições, às adulterações dos homens de má fé.
Às margens do Genesaré, em Cafarnaum, Dalmanuta, Betsaida, pelos caminhos da Galileia e da Samaria, os homens lhe ouviram a voz, chamando-os para o reino de Deus.
Quando Ele abria a boca e falava, com a autoridade da Sua perfeição, brotavam versos de espiritualidade e conforto moral:
Vinde a mim, todos vós, que estais aflitos e sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou manso e humilde de coração e achareis repouso para as vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo.
Mas Sua canção não era somente de consolo, também de glorificação ao Pai e à vida. Versejador incomparável, tomava da lira da natureza para dedilhar as notas delicadas dos Seus poemas.
Olhai as aves do céu, que não semeiam, nem colhem, nem fazem provimentos nos celeiros e, no entanto, vosso pai celestial as sustenta.
Considerai como crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem fiam, e contudo, nem Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles.
Os homens e mulheres que O seguiram aprenderam a canção e a vêm repetindo, séculos afora. Nem a noite medieval, com toda sua sombra, conseguiu obscurecer o brilho da canção.
E, até hoje se repete o doce canto de Jesus, fascinando as vidas.
Não somente as vidas desgraçadas e sem esperança, mas as de todos os que desejam ter vida em abundância. E os que descobrem os segredos da canção, a agasalham na acústica da alma. E a cantam também.
Assim foi com os mártires que, durante três séculos, entraram nas arenas, enfrentando as feras, o açoite e o fogo entre canções de louvor.
Aos ataques dos surdos, respondiam com os arpejos da musicalidade que haviam aprendido com o extraordinário Cantor.
E, até hoje, os homens repetem a canção, ansiosos por voltarem a ouvi-la, dos lábios dEle, que venceu a morte, na madrugada da ressurreição.
*   *   *
Jesus é o celeste cantor da Imortalidade. Sua voz prossegue a nos convidar para o Seu reino, que não é deste mundo, que não tem aparências exteriores, o reino dos céus.
Abrandemos a saudade, permitindo-nos ouvir no palco da nossa intimidade, a sonoridade dos seus versos: Eu sou o bom pastor. Nenhuma das ovelhas que meu pai me confiou se perderá.
O bom pastor dá a sua vida pelas suas ovelhas.
 
Redação do Momento Espírita, com citações de
Mateus, cap. XI, vv. 28 a 30; cap. VI, vv. 26, 28 e  
29 e João, cap. X, vv. 11 e 14.
Em 27.6.2014.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

O amor não tem limites

O amor não tem limites
 
O amor não tem limites. Não seleciona. É incondicional.
Ama-se tudo na pessoa e temos a capacidade de fornecer detalhes das atitudes de quem é o objeto do nosso amor.
Temos a capacidade de reconhecer o som inconfundível dos passos, a maneira única de falar, o timbre da voz.
Ama-se o bom, ama-se o que nos desagrada. Por vezes, na convivência diária, nos dizemos incomodados, com alguns senões, e afirmamos não suportar o barulho da colher batendo no prato, às refeições; o jeito barulhento de jogar as chaves sobre o balcão, ao chegar em casa, os sapatos no meio da sala; a bagunça do banheiro após o banho.
Referimo-nos a muitos amores: pais, avós, filhos, cônjuges, irmãos.
Quantas vezes teremos lhes chamado a atenção, nas tentativas, sempre inexitosas, de modificar certos comportamentos?
Será possível que amemos a quem nos irrita, nos incomoda? Quereremos bem a quem temos de suplicar, dezenas de vezes, para agir de outra forma, todos os dias?
Amamos, sim. Porque basta que qualquer um dos nossos amores se vá, no rumo do grande Além, para que fiquemos aguardando aquela chegada barulhenta, objetos espalhados pelos cômodos vazios, o ruído às refeições.
Íntima e exteriormente afirmamos que daríamos tudo o que temos para ouvir outra vez aquele ruído incômodo, quebrando o silêncio à mesa.
O que não daríamos para desfrutar daquela presença física, entre nós, uma vez que fosse, uma vez mais.
Como almejaríamos ouvir a sonoridade daquela voz, mesmo que fosse em tom um pouco mais elevado do que o normal.
Isso nos diz que, quando amamos, mesmo o que catalogamos como desagradável, faz parte do pacote do nosso sentimento incondicional.
O amor é assim mesmo: amplo, somente comparado ao Universo, em constante expansão. É de tal forma vigoroso que tem a capacidade de todas as renúncias, sem se perturbar.
O amor pensa no outro antes que em si próprio. A sua felicidade é propiciar felicidade ao objeto da sua afeição.
Digam isso todas as mães que se privam do alimento para garantir o dos seus filhos; os cônjuges que se devotam, de corpo e alma, no atendimento às enfermidades repentinas ou longas, que alcançam o outro, tornando-o incapacitado e dependente para as mínimas coisas.
Ateste isso os que têm os olhos úmidos pelo pranto da saudade, os que sofrem a dor da ausência física de alguém especial, alguém que deixou marcas expressivas, nas nervuras da nossa intimidade sofrida.
Sim, amamos o todo. Não há como dissociar o sentimento, fracioná-lo.
*   *   *
Com Jesus aprendemos que o amor substituirá, um dia, a agressividade humana, resolvendo todas as questões que possam constituir pontos de divergência entre as criaturas.
Mergulhemos o espírito nas correntes vibratórias do amor e deixemos que o amor nosresponda aos anseios com a linguagem imperceptível da paz interior.
Amemos, portanto, esforçando-nos a princípio, mesmo que se demorem em nosso paladar afetivo os ressaibos de muitos desamores que nos atingiram, e constataremos, sorrindo, que a maior felicidade no amor pertence a quem ama.
O amor é de origem divina. Quanto mais se doa, mais se multiplica sem jamais exaurir-se.
 
Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais
do verbete Amor, do livro Repositório de sabedoria,v.1, pelo Espírito
Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 19.3.2014.
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