sábado, 18 de janeiro de 2014

SALVAR-SE

SALVAR-SE

“Palavra fiel é esta e digna de toda a aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores…”
I Timóteo, 1:15
É digna de nota a afirmativa do Apóstolo, asseverando que Jesus veio ao mundo salvar os pecadores, para reconhecermos que salvar não significa arrebatar os filhos de Deus à lama da Terra para que fulgurem, de imediato, entre os anjos do Céu.
Assinalemos que, logo após a passagem do Senhor entre as criaturas, a fisionomia íntima dos homens, de modo geral, era a mesma do tempo que lhe antecedera a vinda gloriosa.
Mantinham-se os romanos no galope de conquista ao poder, os judeus permaneciam algemados a racismo infeliz, os egípcios desciam à decadência, os gregos demoravam-se sorridentes e impassíveis, em sua filosofia recamada de dúvidas e prazeres.
Os senhores continuavam senhores, os escravos prosseguiam escravos…
Todavia, o espírito humano sofrera profundas alterações. As criaturas, ao toque do exemplo e da palavra do Cristo, acordavam para a verdadeira fraternidade, e a redenção, por chama divina, começou a clarear os obscuros caminhos da Terra, renovando o semblante moral dos povos…
Salvar-se, pois, não será subir ao Céu com as alparcas do favoritismo religioso, mas sim converter-se ao trabalho incessante do bem, para que o mal se extinga no mundo.
Salvou-nos o Cristo ensinando-nos como reerguer-nos da treva para a luz.
Salvar é, portanto, levantar, iluminar, ajudar e enobrecer, e salvar-se é educar-se para educar os outros.
Emmanuel

Produção: SER
Tecnico de Gravação: Júlio Corradi
Voz: Haroldo Dutra Dias
Música: Meu amigo agradece/Fim dos tempos – João Cabete
Interprete: João Paulo Lanini – Violão
Finalização: Júlio Corradi
Organização: Natália Dantas
Revisão de textos: José Serrano
Livro: Palavras de vida eterna
Capítulo: 38 – Salvar-se
Versículo: I Timóteo, 1:15

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

COMBATE INTERIOR

COMBATE INTERIOR

“Tendo o mesmo combate que já em mim tendes visto e agora ouvis estar em mim.”
Filipenses, 1:30
Em plena juventude, Paulo terçou armas contra as circunstâncias comuns, de modo a consolidar posição para impor-se no futuro da raça. Pelejou por sobrepujar a inteligência de muitos jovens que lhe foram contemporâneos, deixou colegas e companheiros distanciados. Discutiu com doutores da Lei e venceu-os. Entregou-se à conquista de situação material invejável e conseguiu-a.
Combateu por evidenciar-se no tribunal mais alto de Jerusalém e sobrepôs-se a velhos orientadores do povo escolhido. Resolveu perseguir aqueles que interpretava por inimigos da ordem estabelecida e multiplicou adversários em toda parte. Feriu, atormentou, complicou situações de amigos respeitáveis, sentenciou pessoas inocentes a inquietações inomináveis, guerreou pecadores e santos, justos e injustos…
Surgiu, contudo, um momento em que o Senhor lhe convoca o espírito a outro gênero de batalha – o combate consigo mesmo.
Chegada essa hora, Paulo de Tarso cala-se e escuta…
Quebra-se-lhe a espada nas mãos para sempre.
Não tem braços para hostilizar e sim para ajudar e servir.
Caminha, modificado, em sentido inverso. Ao invés de humilhar os outros, dobra a própria cerviz.
Sofre e aperfeiçoa-se no silêncio, com a mesma disposição de trabalho que o caracterizava nos tempos de cegueira. É apedrejado, açoitado, preso, incompreendido muitas vezes, mas prossegue sempre, ao encontro da Divina Renovação.
Se ainda não combates contigo mesmo, dia virá em que serás chamado a semelhante serviço.
Ora e vigia, prepara-te e afeiçoa o coração à humildade e à paciência. Lembra-te, meu irmão, de que nem mesmo Paulo, agraciado pela visita pessoal de Jesus, conseguiu escapar.
Emmanuel

Produção: SER
Tecnico de Gravação: Júlio Corradi
Voz: Haroldo Dutra Dias
Música: Meu amigo agradece/Fim dos tempos – João Cabete
Interprete: João Paulo Lanini – Violão
Finalização: Júlio Corradi
Organização: Natália Dantas
Revisão de textos: José Serrano