sábado, 4 de agosto de 2012

A CHAVE DO CÉU


(Sociedade de Montreuil-Sur-Mer, 5 de janeiro de 1865)

(Revista Espírita, agosto de 1865 - Dissertações espíritas)
 
Quando se considera que tudo vem de Deus e retorna a Deus, é impossível não perceber, na generalidade das criações divinas, o laço que as une entre si e as sujeita a um trabalho de avanço comum, ao mesmo tempo que a um trabalho de progresso particular. Também não se pode desconhecer que a lei de solidariedade daí resultante não nos obriga a sacrifícios gratuitos de toda sorte, uns para com os outros. Além do mais, é de notar-se que Deus nos mostrou em tudo uma primeira aplicação dos princípios primordiais por ele estabelecidos. Assim, pela solidariedade, encontra-se esse princípio expresso na sensibilidade de que fomos dotados, sensibilidade que nos leva a compartilhar dos males alheios, a lhes ter compaixão e a aliviá-los.
Isto não é tudo. Os profetas e o divino messias Jesus deram-nos o exemplo de uma segunda aplicação do princípio de solidariedade, inicialmente consagrando-a através de cerimônias simbólicas, e mais frequentemente pela autoridade de seus ensinamentos, o amor do homem pelo homem; depois, proclamando como um dever necessário e vigoroso a prática da caridade, que é a expressão da solidariedade. A caridade é o ato de nossa submissão à lei de Deus; é o sinal de nossa grandeza moral; é a chave do céu. Assim, é da caridade que vos quero falar. Encará-la-ei apenas sob um aspecto: o lado material, e a razão disto é simples: é o lado que menos agrada ao homem.
Nem os cristãos nem os espíritas negaram o princípio, ou melhor, a lei da solidariedade, mas procuraram subtrair-lhe as consequências, e para isto invocaram mil pretextos. Citarei alguns deles.
As coisas do espírito ou do coração, dizem, tendo um preço infinitamente superior ao das coisas materiais, segue-se que consolar aflições, por boas palavras ou por sábios conselhos, vale infinitamente mais que consolar por socorros materiais. Seguramente, senhores, tendes razão se a aflição de que falais tem uma causa moral; se encontra sua razão numa ferida do coração; mas se for a fome, se for o frio, se for uma doença; se, numa palavra, forem causas materiais que a provocaram, vossas sábias palavras bastarão para minimizá-la? Permitireis que eu duvide disso. Se Deus, colocando-vos na Terra, tivesse esquecido de prover o alimento para o vosso corpo, teríeis encontrado o seu equivalente nos socorros espirituais que ele vos concede? Mas Deus não é o homem. Deus é a sabedoria eterna e a bondade infinita. Ele vos impôs um corpo de lama, mas proveu às necessidades desse corpo fertilizando os vossos campos e fecundando os tesouros da Terra; aos socorros espirituais que se dirigiam à vossa alma, juntou os socorros materiais reclamados por vosso corpo. Desde então, e porque o egoísmo talvez tenha despojado o pobre de sua herança terrena, com que direito vos julgais quites para com ele? Porque a justiça humana o excluiu do número dos usufrutuários dos bens temporais, vossa caridade não encontraria uma justiça mais equitativa para lhe fazer?
Um ilustre pensador deste século não temia assim exprimir-se na sua memorável profissão de fé: “Cada abelha tem direito à porção de mel necessária à sua subsistência, e se, entre os homens, a alguns falta o necessário, é que a justiça e a caridade desapareceram de seu meio.” Por mais excessiva que vos possa parecer esta linguagem, ela não deixa de conter uma grande verdade, verdade talvez incompreensível para o entendimento de muitos entre vós, mas evidente para nós, Espíritos que, mais tocados pelos efeitos, porque os abraçamos em seu conjunto, vemos assim as causas que os produzem.
Ah! diz este, ninguém mais que eu lamenta as penas e as privações cruéis do verdadeiro pobre, do pobre cujo trabalho, insuficiente para a manutenção da família, não lhe traz, em troca das fadigas, nem a alegria de nutrir os seus, nem a esperança de torná-los felizes; mas eu considerava um caso de consciência encorajar, por cegas liberalidades, a preguiça ou a má conduta em farrapos. Aliás, considero a caridade como indispensável à salvação do homem; somente a impossibilidade de descobrir as necessidades reais entre tantas necessidades simuladas parece-me justificar a minha abstenção.
A impossibilidade de descobrir as necessidades reais, tal é, meu amigo, a vossa justificação. Vede, entretanto, que essa justificativa jamais será sancionada por vossa consciência e não quero outra prova além da vossa confissão, porque, do direito que teria o verdadeiro pobre à vossa esmola, - e reconheceis esse direito - desse direito, digo eu, decorre para vós o dever de procurá-lo. Vós o procurais? A impossibilidade vos detém. É evidente! A caridade não tem limites, ela é infinita como Deus, de onde emana, e não admite qualquer impossibilidade! Sim, algo vos detém: é o egoísmo, e Deus, que sonda a razão e o coração, Deus o descobrirá facilmente sob os falaciosos pretextos com que o velais. Podeis enganar o mundo, conseguireis enganar momentaneamente a vossa consciência, mas nunca enganareis Deus. Em cem anos, em mil anos, aparecereis novamente na Terra; sem dúvida aí vivereis, despojados de vossa opulência presente e curvados ao peso da indigência. Eu vos declaro, então, que recebereis do rico o desdém e a indiferença que vós mesmos, outrora ricos, tiverdes demonstrado pelo pobre. Diz-se que a nobreza obriga; a solidariedade obriga ainda mais. Quem se subtrai a essa lei perde todos os seus benefícios. Eis por que vós, que tiverdes alimentado o fundo egoísta de vossa natureza, sofrereis, por vossa vez, o desprezo do egoísmo.
Escutai estas palavras de Rousseau:
“Para mim, sei que todos os pobres são meus irmãos e que não posso, sem uma inescusável dureza, recusar-lhes o fraco socorro que me pedem. Na maioria são vagabundos, concordo; mas conheço bem as penas da vida para ignorar por quantas desgraças o homem honesto pode encontrar-se reduzido em sua sorte. E como poderia eu estar certo de que o desconhecido que me vem implorar assistência em nome de Deus não é esse homem honesto, prestes a perecer de miséria, e que minha recusa vai reduzir ao desespero? Quando a esmola que se lhes dá não for para eles um socorro real, é ao menos um testemunho de que se participa de suas penas, um abrandamento da dureza da recusa, uma espécie de saudação que se lhes faz.”
É um filho de Genebra, senhores, que fala da sorte; é um filósofo saciado nas fontes secas do século dezoito que teme desconhecer o homem honesto entre os desconhecidos que lhe estendem a mão, e que dá a todos. Ele dá a todos porque todos são seus irmãos: ele o sabe! Sabeis menos do que ele, senhores? Não ouso acreditar.
Mas, em que medida deveis dar, ou melhor, qual é, dos vossos bens, a parte que vos pertence e a que pertence aos pobres? Vossa parte, senhores, é o necessário, nada mais que o necessário, e não é preciso que exagereis. Em vão vos prevalecereis de vossa posição, dos encargos dela decorrentes, das obrigações de luxo que ela exige. Tudo isto diz respeito ao mundo, e se quereis viver para o mundo, não avançareis senão com o mundo, não ireis mais depressa que o mundo. Em vão, ainda, alegareis, para justificar vossos hábitos de moleza, um trabalho ao qual não se entrega o pobre, e que, praticado em vossa casa e por vós, vos torna beneficiários de maior comodidade. Em vão alegareis isto, porque todo homem é votado ao trabalho, para si ou para outros, porque a incúria de seu vizinho não o absolveria do abandono em que ele o teria deixado.
Do vosso patrimônio, como do vosso trabalho, não vos é permitido retirar senão uma coisa em vosso proveito: o necessário. O resto cabe aos pobres. Esta é a lei. Não nego que esta lei comporte, em certos casos e em dadas circunstâncias, o equilíbrio; no entanto, diante da luz, diante da verdade, diante da justiça divina, ela não comporta mais isso.
E a família, que será dela? Estamos quites com ela pelo fato de termos socorrido aqueles a quem chamamos de pobres? Não, evidentemente, senhores, porque, do momento em que reconheceis a necessidade de vos despojar pelos pobres, trata-se de fazer uma escolha e estabelecer uma hierarquia. Ora, vossas mulheres e vossos filhos são os vossos primeiros pobres; a ele deveis, pois, dar as vossas primeiras esmolas. Velai pelo futuro de vossos filhos; preocupai-vos em lhes preparar dias calmos e tranquilos em meio a esse vale de lágrimas; deixai-lhes até em depósito uma pequena herança que lhes permita continuarem o bem que haveis começado: isto é legítimo. Entretanto, não lhes ensineis jamais a viver egoisticamente e a olhar como deles o que é de todos. Antes e depois deles, os autores de vossos dias, aqueles que vos alimentaram e guardaram, aqueles que protegeram vossos primeiros passos e guiaram vossa adolescência, vosso pai e vossa mãe, têm direito à vossa solicitude. Depois vêm as almas que Deus vos deu como vossos irmãos segundo a carne; depois os amigos de coração; depois todos os pobres, a começar pelos mais miseráveis.
Vós o vedes, eu vos concedo o equilíbrio, estabeleço uma hierarquia conforme os instintos do vosso coração. Evitai, entretanto, favorecer demasiado a uns, com exclusão de outros. É pela partilha equitativa dos vossos benefícios que mostrareis vossa sabedoria, e é ainda por essa partilha equitativa que cumprireis a lei de Deus em relação aos vossos irmãos, que é a lei da solidariedade.
Diz Lamennais que “A justiça é a vida; a caridade também é a vida, mas uma vida mais bela e mais doce.”
Sim, a caridade é uma bela e doce vida, é a vida dos santos, é a chave do Céu.
 
LACORDAIRE

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Ante a Força do Bem


...Deus é caridade; e quem está em caridade está em
Deus e Deus está nele (João I, 4:16)


Muitos acreditam simplemente na força e agem sob o domínioda imposição.

A força, no entanto, comanda apenas coisas e corpos, e tudo o queela faça, em matéria de condução ou vivência, depende de mais força para continuar.

No reino da alma somente o amor, fonte de vida, consegue estabelecer verdadeiro apoio ao equilíbrio e à governança.

'Deus é caridade', afirma o evangelho. Consequentemente Deus está no bem verdadeiro que é, mais propriamente, obem de todos.

Auxiliando, compreendemos.

Dando, possuímos.

Quanto mais baixo nas esferas da natureza, mais intensamente se mostra obem da força, e quanto mais alto, nos planos doespírito, mais pura se revela a força do bem.


 MensagemExtraída do Livro "Benção de Paz"
 FranciscoCândido Xavier pelo Espírito Emmanuel.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

“O Maior Brasileiro de Todos os Tempos”


Chico Xavier na semifinal de “O Maior Brasileiro de Todos os Tempos”

Na noite desta quarta-feira, 1º de agosto, Carlos Nascimento comandou o primeiro confronto desta fase de O Maior Brasileiro de Todos os Tempos. De um lado, Chico Xavier, representado no palco por Saulo Gomes, do outro Irmã Dulce, defendida por Padre Antônio Maria.

Após uma semana de votação aberta pela internet e via SMS, Chico Xavier venceu com 50,5% dos votos o confronto e se tornou o primeiro semifinalista para o posto de Maior Brasileiro de Todos os Tempos

CONHEÇA A TRAJETÓRIA DE CHICO XAVIER

Uma farsa para uns, um santo para outros. Mesmo 10 anos depois de sua morte, a imagem de Chico Xavier não caiu no esquecimento popular. Pelo contrário, tornou-se a maior referência do espiritismo no Brasil.

Graças a ele, o Brasil é hoje uma das maiores potências da doutrina espírita do mundo. Sua vasta coleção literária colaborou para essa divulgação em massa, superando inclusive barreiras entre outras religiões.

Repassando os direitos dos livros para suas obras sociais, Chico Xavier exerceu a solidariedade pensando no futuro, ajudando até hoje muitas famílias brasileiras. Esta escola é um fruto deste belo trabalho desenvolvido pelo médium aqui em São Paulo.

Seu trabalho no espiritismo levou conforto e esperança para milhares de pessoas, até mesmo para quem nunca chegou perto do médium.

Chico Xavier nos trouxe mensagens de amor e fé que serão eternizadas graças as suas obras. Lições que permanecerão na mente dos brasileiros por muito tempo.

LINHA DO TEMPO
Chico Xavier chegou ao mundo trazendo uma mensagem de luz e paz. Em terra firme, na cidade mineira de Pedro Leopoldo nasceu um homem que fez a ponte entre vivos e mortos. Um ser iluminado: Chico Xavier.

Aos 5 anos, ficou órfão de mãe e passou a morar com a madrinha. Porém, seu contato maternal continuou através de conversas espirituais.

Com 8 anos, Chico começou a trabalhar em uma fábrica de tecidos, dividindo o tempo com os estudos. Mesmo vivendo com uma família que seguia tradições católicas, foi no espiritismo que encontrou a cura de uma doença da irmã, até então desenganada pelos médicos.

A partir deste momento, Chico Xavier quis saber mais sobre o kardecismo. Em 1927, ajudou a fundar o Centro Espírita Luiz Gonzaga, onde fez suas primeiras psicografias. Era o início de uma nova etapa em sua vida: o Chico médium.

Em 1931, ele conheceu seu mentor espiritual, Emmanuel. No ano seguinte, publicou seu primeiro livro: “Parnaso de Além-Túmulo”.

Em 1944, Chico lançou uma de suas obras mais populares: Nosso Lar. O livro é um dos campeões de vendas até hoje. Neste ano, suas publicações chegaram aos tribunais. Chico foi acusado de roubo pelos familiares do famoso escritor Humberto de Campos, que já havia desencarnado. Eles queriam parte dos direitos autorais da obra psicografada. Porém, a justiça deu causa ganha ao médium mineiro.

Em 1959, seguindo as orientações de seus benfeitores espirituais, Chico mudou-se para Uberaba. O número de fieis e seguidores não parava de subir.

Em 1965, viajou para os Estados Unidos para divulgar o espiritismo. Em 1971, Chico Xavier foi sabatinado por quase três horas, ao vivo, no programa Pinga-Fogo, da extinta TV Tupi. Respondendo perguntas de jornalistas e de curiosos sobre o espiritismo, gerou uma repercussão nacional extraordinária.
Em 1979, pela primeira vez, as cartas de Chico viraram provas num processo criminal. O morto declarou, através da psicografia, que tudo não passou de um acidente. As cartas recebidas foram reconhecidas pela família do jovem e aceitas pelo juiz. Graças às mensagens que o médium recebeu da vítima, o réu foi inocentado. Um caso inédito.

Em 1981, 10 milhões de pessoas indicaram Chico Xavier como o representante brasileiro ao Prêmio Nobel da Paz. Mas, ele não saiu vitorioso.

No ano de 1995, sua saúde ficou ainda mais debilitada. Mesmo assim, seu trabalho ao lado do mentor Emmanuel não parou.

Chico Xavier dizia a familiares e amigos que havia pedido a Deus para fazer sua passagem no dia em que os brasileiros estivessem bem felizes.

Vídeo:
http://www.sbt.com.br/omaiorbrasileiro/fiquepordentro/?id=27606#.UBpvnmFrOmo

Mensagem Mediúnica


Irmãos queridos.

Diante dessa crise que se abate sobre o nosso povo, face a essa onda de pessimismo que toma conta dos brasileiros, frente aos embates que o país atravessa, nós, os seus companheiros, trazemos na noite de hoje a nossa mensagem de fé, de coragem e de estímulo. Estamos irradiando-a para todas as reuniões mediúnicas que estão sendo realizadas neste instante, de norte a sul do Brasil. Durante vários dias estaremos repetindo a nossa palavra, a fim de que maior número de médiuns possa captá-la. Cada um destes que sintonizar nesta faixa vibratória dará a sua interpretação, de acordo com o entendimento e a gradação que lhe forem peculiares.

Estamos convidando todos os espíritas para se engajarem nesta campanha. Há urgente necessidade de que a fé, a esperança e o otimismo renasçam nos corações. A onda de pessimismo, de descrédito e de desalento é tão grande que, mesmo aqueles que estão bem intencionados e aspirando realizar algo de construtivo e útil para o país, em qualquer nível, veem-se tolhidos em seus propósitos, sufocados nos seus anseios, esbarrando em barreiras quase intransponíveis.

É preciso modificar esse clima espiritual. É imperioso que o sopro renovador de confiança, de fé nos altos destinos de nossa nação, varra para longe os miasmas do desalento e do desânimo. É necessário abrir clareiras e espaços para que brilhe a luz da esperança. Somente através de esperança conseguiremos, de novo, arregimentar as forças de nosso povo sofrido e cansado.

Os espíritas não devem engrossar as fileiras do desalento. Temos o dever inadiável de transmitir coragem, infundir ânimo, reaquecer esperanças e despertar a fé! Ah! a fé no nosso futuro! A certeza de que estamos destinados a uma nobre missão no concerto dos povos, mas que a nossa vacilação, a nossa incúria podem retardar. Responsabilidade nossa. Tarefa nossa. Estamos cientes de tudo isto e nos deixamos levar pelo desânimo, este vírus de perigo inimaginável.

O desânimo e seus companheiros, o desalento, a descrença, a incerteza, o pessimismo, andam juntos e contagiam muito sutilmente, enfraquecendo o indivíduo, os grupos, a própria comunidade. São como o cupim a corroer, no silêncio, as estruturas. Não raras vezes, insuflado por mentes em desalinho, por inimigos do progresso, por agentes do caos, esse vírus se expande e se alastra, por contágio, derrotando o ser humano antes da luta. Diante desse quadro de forças negativas, tornam-se muito difíceis quaisquer reações. Portanto, cabe aos espíritas o dever de lutar pela transformação deste estado geral.

Que cada Centro, cada grupo, cada reunião promova nossa campanha. Que haja uma renovação dessa psicosfera sombria e que as pessoas realmente sofredoras e abatidas pelas provações, encontrem em nossas Casas um clima de paz, de otimismo e de esperança! Que vocês levem a nossa palavra a toda parte. Aqueles que possam fazê-lo, transmitam-na através dos meios de comunicação. Precisamos contagiar o nosso Movimento com estas forças positivas, a fim de ajudarmos efetivamente o nosso país a crescer e a caminhar no rumo do progresso.

São essas forças que impelem o indivíduo ao trabalho, a acreditar em si mesmo, no seu próprio valor e capacidade. São essas forças que o levam a crer e lutar por um futuro melhor. Meus irmãos, o mundo não é uma nau à matroca. Nós sabemos que "Jesus está no leme!" e que não iremos soçobrar. Basta de dúvidas e incertezas que somente retardam o avanço e prejudicam o trabalho. Sejamos solidários, sim, com a dor de nosso próximo. Façamos por ele o que estiver ao nosso alcance. Temos o dever indeclinável de fazê-lo, sobretudo transmitindo o esclarecimento que a Doutrina Espírita proporciona. Mas também, que a solidariedade exista em nossas fileiras, para que prossigamos no trabalho abençoado, unidos e confiantes na preparação do futuro de paz por todos almejado. E não esqueçamos de que, se o Brasil "é o coração do mundo", somente será a "pátria do Evangelho" se este E  vangelho estiver sendo sentido e vivido por cada um de nós".

Eurípedes Barsanulfo

Mensagem recebida no Centro Espírita "Jesus no Lar"

Médium - Suely Caldas Schuber

29/05/201

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

O Maior Brasileiro

Encerra hoje a votação para manter Chico Xavier entre os finalistas do concurso "O Maior Brasileiro de Todos os Tempos". Ainda dá tempo de deixar seu voto. Participe!

Para votar acesse www.sbt.com.br/omaiorbrasileiro/



SEDATIVO


É possível te encontres sob o impacto de aflitiva agitação.

Pacífica e serve.

Espera e trabalha.

Se dificuldades te espantam, eis chegada a hora da fé ativa, requisitando-te mais apoio em favor dos outros.

Se provações desabaram  no caminho, terá soado o instante da paciência.

Surgiram companheiros  incompreensivos...

Estarão no erro.
Viste irmãos desinformados...

Necessitam eles de esclarecimentos na luz da tolerância.

Despontam acusadores...

Precisam de assistência fraterna.

Destacam –se  aqueles outros que  envenenam circunstâncias e pessoas, quando a mente se lhes mergulha em desequilíbrio...

São doentes, aguardando medicação.

Em toda situação insegura, arrima- te à confiança  em Deus,  amparando aos que te rodeiam.

E à frente de todos os que, porventura, te buscam tirar a serenidade, criando problemas e conflitos, matricula – te, pela imagem, na tua enfermaria  de silêncio, e oferece-lhes o sedativo da oração.

Meimei

terça-feira, 31 de julho de 2012

FELIZ ANIVERSÁRIO!

No último dia 29, foi aniversário da nossa querida Flora!

Mas por uma particularidade, essa comemoração também acontece no dia 29 de agosto!

Beijos

Paz... um tema sempre atual...


Equipe ADE-SP
Estamos aqui diante de um assunto sem fim, que é a Paz! Esse tema nos emociona, permeia nossos sentimentos, num sonho muito grande de toda a humanidade de que a Paz pode realmente ser conquistada. Este tema nos estimula a refletir sobre a nossa vida, nossa conduta, nossa postura diante dos fenômenos que acontecem por aí e é preciso falar sobre as sobre as tentativas de minimizar as dificuldades e diferenças sociais, preconceitos e injustiças. Então, todo o estímulo que a sociedade receba, que vise a confraternização tendo esses princípios maiores de vida, que são as Leis Morais dentro do conceito da solidariedade, igualdade e justiça. E, se não conseguimos fazer isso de forma aberta, através da mídia em geral, podemos fazer dentro da individualidade, no nosso dia a dia.
A Doutrina Espírita e esses grandes colaboradores na oxigenação de novas idéias vêm exatamente procurar dar para a criatura humana a capacidade dela lidar com o seu próprio potencial, no sentido de construir aquilo que tem dentro de si, mas não concretizou em termo de consciência e posição como ser.
Quando falamos de amor, fraternidade, caridade, vem à m caridade, vem à mente que tudo isso se refere a uma única situação, que é imprescindível ao ser humano: a lei natural da necessidade do ser humano viver em sociedade. Ele não pode viver isoladamente no mundo porque, se fosse dessa forma, não precisaríamos desses conceitos de fraternidade e bom relacionamento e também da caridade. Se o indivíduo tivesse uma convivência dele e com a natureza somente, sem inter-relações com outros indivíduos, muito daquilo que estamos conceituando como valores importantes para a vida não precisariam existir. Se os valores existem é porque o ser humano necessariamente precisa aprender a viver em sociedade. É justamente nesse entrelaçamento de vivências que o indivíduo vai desenvolver sua paciência, tolerância, desenvolver virtudes que ainda não tem, compreender as Leis Naturais, quais sejam, a tolerância, a paciência, a compreensão, a Lei de Justiça e caridade. Esses fatores estão na base de toda a sociedade equilibrada, justa e fraterna.
Est Este momento de grande transformação, de estarmos passando de um planeta de expiação e provas para um planeta de regeneração e que é um fato grandioso que engloba toda a Terra, fazem com que os valores mal concebidos venham à tona e as pessoas estão vendo que aquilo a que elas se apegavam não é real. Esse materialismo exacerbado, esse consumismo extrapolado nos afasta de Deus, de uma religião, da família. A falta de família hoje em dia é muito grave e gera essa violência. Mas falta de família não é somente não ter pai e mãe. Não ter família é você ter pais omissos, filhos que não se confraternizam, irmãos que não se falam. Isso tudo vai gerando um mal estar dentro do ser humano, que se transforma depois numa briga num estádio, em pancadaria com guardas, que também sofrem violência, e vivem sob pressão no momento de enfrentar uma multidão. Tudo tem que ser analisado com muito cuidado. A posição nossa de generalizar que isto é ruim ou isto é bom, em princípio, como raiz já é falha, porque envolve milhões de corações num fato que tem milhões de atritos que se diferenciam uns dos outros. Então o problema é muito difícil.
O que a campanha da UNESCO vem colocando e que sempre foi uma proposta da Doutrina Espírita, é o respeito à vida, à valorização da vida, entender o propósito da vida. O segredo da vida é conviver. Não é viver. Para viver, basta nascer. A tomada de consciência, que graças a Deus está surgindo através dessas lideranças que tem peso em termo de opinião. Isso tudo gera um anti-virus. O anti-virus para proteger a sociedade do vírus da violência. O Manifesto 2000 do "eu me comprometo em minha vida cotidiana, na minha família, no meu trabalho, na minha comunidade, no meu Pais” é um novo paradigma. O paradigma da Paz.
Quando se fala da Não-violência e da situação de desequilíbrio da sociedade, temos que lembrar o despojamento do egoísmo. Enquanto o indivíduo valorizar seus próprios interesses, ele estará em contradição com as Leis Naturais da fraternidade, igualdade e solidariedade. Enquanto ele não se despojar do “Eu” e não souber valorizar o “Noss valorizar o “Nosso”, ele estará em constante briga para conquistar seu próprio espaço. Gandhi, apóstolo da Não-violência, com sua aparente atitude de fraqueza, conseguiu mobilizar uma multidão de pessoas e de tal forma conseguiu mudar as leis sociais no relacionamento da Índia com a Inglaterra. Isso se resume que não é necessário violência para que se modifique algo.
O amor é mais forte do que toda a violência do mundo. Então, o antídoto contra a violência é o amor. Mas isso não é tão simples. O amor não se compra. O amor não se pede emprestado. O amor é uma conquista. O amor a gente adquire ao longo de nossa vida, das coisas, das situações, dos momentos que a gente vai vivendo. E são nos pequenos momentos e nas pequenas situações em que somos colocados frente a frente com essa possibilidade. A vida inteira é uma grande possibilidade da gente amar. A Lei de igualdade inserida no Livro dos Espíritos reitera naturalmente essas propostas de Mahatma Gandhi e de outros líderes. A Doutrina Espírita dá um toque muito interessante: Todos os homens são iguais p são iguais perante Deus? Sim. São todos filhos de Deus. E as desigualdades sociais? Elas são produto do homem ou do próprio Deus? A resposta é clara: Não. É obra do homem e não de Deus. Deus dá para a conquista da paz e não da produção da violência. Essa desigualdade desaparecerá um dia? Sim, na medida em que o homem ajustar-se com essas propostas todas que podemos passar. E o que pensar daqueles que abusam e usam da autoridade, gerando a violência? Esses merecem, indiscutivelmente, uma consideração porque são muito infelizes e terão que, em termo de conseqüências, se ajustar perante a Lei maior.
É importante atentar que as propostas não se referem a termos políticos ou religiosos. O importante é, por exemplo, que a proposta que Gandhi trouxe da Não-violência se adepta a qualquer religião, qualquer movimento político e essa conotação em momento algum levantou a bandeira de partidarismos ou religiosidade, mas, verdadeiramente o sentido cristão da palavra Justiça e Solidariedade. Devemos, então, buscar a idéia, buscar o princípio. Se nos fecharmos simplesmente com rótulos, não conseguiremos viver harmonicamente. O preconceito é que nos leva a essas coisas, quando achamos que a nossa doutrina é melhor, nossa casa é a mais correta, nosso time é aquele que é o melhor.
Vamos nos educar, começando dentro de nossa casa, ou melhor, primeiramente dentro de nossa casa que é o nosso corpo, pois esta é a casa que estamos utilizando agora. Vamos trabalhar dentro dele, com ações. Nós sabemos perfeitamente que o que interessa são as ações. Quando Cristo falou “Bem aventurados os mansos, pois herdarão a Terra”, temos que pensar sobre o fato de estarmos num momento de transformação e, se desejamos herdar essa Terra, uma Terra melhorada, temos que ser mansos. Ser manso quer dizer ser calmo e equilibrado, justo e preciso.
A Doutrina Espírita coloca essa proposta de uma forma bastante clara no sentido de que não se espera perfeição de cada um de nós, mas a valorização dos bons atos, para que predominem sobre nossos atos ruins e que a gente se esforce para buscar esses conceitos, que são apolíticos, nos conceitos universais que estão constantemente incorporados dentro das Leis Naturais, que dirigem a todos.
Operacionalizar a Paz é saber como você está preparado para gerar a solidariedade no momento da pressão, no momento em que o atrito existe, em termo de respeito à opinião do outro, em termo de consideração ao ser humano, que é teu companheiro e que está pisando na Terra em qualquer situação de ordem social ou familiar, mas que é espírito como você e está evoluindo. Existem violências veladas, aquelas que cometemos no ambiente do lar, nas ruas, dentro do ônibus, no carro e até mesmo dentro de nós, nas intransigências, nas situações de desequilíbrio, que resultam em doenças causadas pelo problema de não perdoar e de não compreender. A grande parte das doenças são resultado do desequilíbrio do ser humano por ele não saber lidar com as situações da vida ou de lidar consigo próprio. Gostaríamos de lembrar também de um ato de violência chamado escravatura. A escravatura começou desde os mais remotos séculos. Desde a Grécia, os povos sempre tiveram o hábito de escravizarem os vencidos ou os menos poderosos e isso chegou até pouco tempo atrás, de forma muito evidente. Mas nós sabemos que essas formas ainda estão embutidas nos seres humanos e é sempre uma forma de violência muito grave a escravatura de um ser humano por outro ser humano. É preciso também que se amplie esse conceito de violência para que possamos cuidar dela. O caso é que realmente só em coibir uma pessoa de falar sobre determinado assunto, interrompê-la, não deixá-la prosseguir por não concordar com o assunto que ele está dizendo, já é uma violência. E como é difícil a gente ouvir. A gente só quer falar. Ouvir é muito difícil...
Jesus é Paz e precisamos nos aproximar dele. Devemos conservar o amor em Jesus em todas as religiões, não nos esquecendo de que para produzir a paz, temos que cultivar o amor no outro, que está vivendo conosco aqui na Terra. E utilizar Jesus como um paradigma no sentido de que nos mostrou os caminhos. Devemos crescer nos seus valores tanto quanto ele buscou não personalizar o que estava ensinando. Nós percebemos que se valoriza o homem Jesus e não suas idéias. É necessário, então, que se coloque Jesus na condição de um espírito puro, com grande conhecimento, com grande amor e que veio mostrar os caminhos que devemos seguir para sermos felizes.
As Leis de Justiça, as Leis da Natureza estão presentes dentro de nós. A Doutrina Espírita nos ensina que Deus fala em nós através de nossa consciência. Sabemos exatamente o que se deve e o que não se deve fazer com o nosso semelhante, o que é bom para o que é bom para nós e o que é bom para o outro. Então temos que colocar isso em prática, tanto quanto nos seja possível. Assim, essa vivência de amor e paz vai se constituir em realidade não só para o indivíduo, mas para a sociedade. Temos que ter o coração aberto, a mente aberta e estarmos dispostos realmente a ser felizes e conquistar essa paz. Assim, entenderemos Jesus no aspecto de moral e amor que ele nos deixou e de todos os outros grandes líderes, todas as outras grandes figuras que viveram na Terra para trazer isso. O amor é uma questão de cultivo. A paz é uma questão de cultivo. Sendo um processo de cultivo, ele é no dia a dia, minuto a minuto, instante a instante. A inquietude está nos impulsionando para que ocorra a modificação interior. A conscientização do certo e do errado faz um reboliço no interior, tentando nos levar adiante para derrubar antigos conceitos que tínhamos e, para isso, é necessário força de vontade e disciplina. E, para estimular isso tudo é que vivenciamos essa transformação necessária que a Doutrina Espírita nos propõe, essa evolução que o ser humano precisa alcançar. Avancemos, portanto, nesse compromisso de estarmos com a Paz e a Não-Violência, com uma frase de Mahatma Gandhi:
"Quando o homem chega à plenitude do amor, neutraliza o ódio de milhões"

Sinopse do Programa Ação 2000 – A Visão Espírita da Notícia De 20 de maio de 2000

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Aconteceu


No último sábado, 28/07/12, aconteceu no Grupo Espírita “Tudo por Jesus”, mais um encontro com as Especiais Crianças. Compareceram duas crianças. Estas crianças estão se tornando nossas grandes amigas e parceiras. Está se estabelecendo a comunição entre nós, trabalhadores, Danyla e Thaís. O mesmo pode dizer com relação aos pais destas crianças.  Paralelo ao trabalho com as crianças aconteceu também o trabalho com as mães coordenado por Dani Lombelo e Kellén.
A prece inicial foi coordenada pela Dani e Bruno e a final foi coordenada pela Fátima.
Através do Júlio e sua câmera fotográfica, estão sendo criadas imagens para nossos registros.
Ao final de cada reunião percebemos que espontaneamente o Bruno ou o Fernando vem traçando a avaliação de cada encontro e a partir daí demais partipantes também tecem seus pareceres.
Quando algum detalhe é esquecido, logo este é percebido pela Deborah. Ela tudo observa, desde o momento que chegamos a Casa Espírita até o momento que nos despedimos na calçada do Centro em rumo aos nossos lares. Também é ela quem relembra a missão de um “Espírita”.  Estas observações são feitas em prol de crescimento.
O resultado do encontro com as mães também foi registrado pelo Júlio e através de cartazes, expostos na sala de reuniões, próxima ao salão térreo.
Nessa última reunião ficou mais nítida a percepção de alteração na condução dos trabalhos. De acordo com as necessidades e prioridades nossos trabalhadores confiante, criteriosa e amorosamente vão estabelecendo o atendimento às crianças. É espontânea e natural a troca de atividade a ser desenvolvida e o trabalhador que irá desenvolvê-la. Permanece a perspectiva de o Projeto Brincar reelaborado e debatido em Janeiro do corrente ano com os trabalhadores. Há metas a serem atingidas. O calendário de encontros não foi alterado visando estabelecer vínculos com trabalhadores, crianças, famílias e o Plano Espiritual.

 Ah! Nesse dia assistimos a um vídeo: Coral de surdos interpretando a música de John Lennon, “Imagine”.
 Acredito que o entrosamento, relacionamento e até a capacitação de cada membro da equipe está se aprimorando no decorrer de cada encontro.

Cada trabalhador tem uma característica “especial”. Características estas que são somadas e multiplicadas. As conquistas e as alegrias estão sendo divididas entre todos. Também nossas incertezas estão sendo subtraídas.

A você trabalhador muita paz! Sempre avante!Às crianças e pais nossos desejos de realizações também junto ao projeto. A espiritualidade, nossa gratidão.

Flora

PAZ AOS HOMENS DE BOA VONTADE




(Poitiers. Reunião preparatória dos operários espíritas; médium, Sr. X...)

(Revista Espírita, fevereiro de 1863) 

Meus caros amigos, a vida é curta; grande é o que a precede e o que a sucede. Nada acontece senão pela vontade de Deus; nada é, por conseguinte, senão legítima e alta justiça. Vossa miséria, quando vos  aperta, é um mal merecido, uma punição, não duvideis, de vossas faltas anteriores. Encarai-a bravamente e elevai os olhos ao alto com resignação: a bênção e o alívio descerão. Vossas aflições, por vezes são a prova pedida pelo vosso próprio Espírito, por vosso Espírito desejoso de chegar prontamente ao objetivo final, sempre entrevisto no estado de não encarnado.

No momento em que o mundo se agita e sofre, em que as sociedades, em busca do que é verdadeiro, se contorce num parto laborioso, Deus permite que o Espiritismo, isto é, um raio da eterna verdade, desça das altas regiões e vos esclareça. Nosso objetivo é vos mostrar o caminho, mas deixar vossa liberdade, ou seja, o mérito e o demérito de vossas ações. Escutai-nos, pois, e ficai certos de que a vossa felicidade é para nós uma viva preocupação. Se soubésseis quanto vossas más ações nos afligem; quanto os vossos esforços para a lei de Deus nos enchem de alegria! O Senhor nos disse: “Servidores de meu império, apóstolos devotados de minha lei, a todos levai a minha palavra; a todos explicai que a vida eterna será para os que praticam o Evangelho; a todos os homens fazei entender que o bem, o belo, o grande, degraus de minha eternidade, estão contidos nesta palavra: Amor.” O Senhor nos disse: “Espíritos velozes, correi a todos: aos mais infelizes e aos mais felizes; do rei ao artesão; do fariseu ao que se queima em ardente fé”. E nós vamos a todos os lados e gritamos ao infeliz: resignação; ao feliz: caridade, humildade; aos reis: amor aos povos; ao artesão: respeito à lei!

Meus amigos, no dia em que fizerdes melhor do que nos escutar, isto é, no dia em que praticardes nossos preceitos, não mais egoísmo, não mais inveja. Partindo daí, não mais misérias, não mais esse luxo que é o verme roedor das sociedades, e as destrói; não mais esses erros morais que perturbam as consciências; não mais revoluções, não mais sangue! Não mais esse triste preconceito que fez com que por muito tempo se acreditasse, nas famílias principescas, que o povo era uma coisa que lhes pertencia e que elas tinham um sangue diferente do sangue do povo; nada além da felicidade! Vossos governos serão bons, porque governantes e governados terão tirado proveito do Espiritismo. As Ciências e as Artes, levadas sobre as asas da divina caridade, se elevarão a uma altura que não suspeitais; vosso clima, saneado pelos trabalhos agrícolas; vossas colheitas mais abundantes; as palavras tão profundas de igualdade e fraternidade enfim interpretadas sem que ninguém sonhe despojar aquele que possui, realizarão, eu vos afirmo, as promessas do vosso Deus.

“Paz, disse o Seu Cristo, aos homens de boa vontade!” Não tivestes a paz porque não tivestes a boa vontade. A boa vontade, para os pobres e para os ricos, se chamará caridade. Há caridade moral, como há caridade material, e não a tivestes, e o pobre foi tão culpado quanto o rico!

Escutai-me bem: Crede e amai! Amai: muito será perdoado a quem muito amou.

Crede: A fé transporta montanhas.

Prudência e doçura no apostolado novo: vossa melhor prédica será o bom exemplo.

Lamentai os cegos: os que não querem ver a luz. Lamentai, mas não censureis.

Orai, meus amigos, e a bênção de Deus será com as vossas almas. O facho da vida irradia; em todos os lados do horizonte acendem-se faróis; a tempestade vai sacudir e talvez quebrar os barcos! Mas o piloto que, sobre a vaga furiosa, olhar sempre o farol, chegará à margem e o Senhor lhe dirá: “Paz aos homens de boa vontade; sê bendito, tu que amaste; sê felizes, pois trabalhaste pela felicidade de outrem. Meu filho, a cada um segundo suas obras!”

F. D., antigo magistrado