sábado, 8 de fevereiro de 2014

José da Galiléia

E projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu
um anjo do Senhor, dizendo: – José, filho de David,
não temas receber a Maria.”– Mateus 1:20
Em geral, quando nos referimos aos vultos masculinos que se movimentam na tela gloriosa da missão de Jesus, atendemos para a precariedade dos seus companheiros, fixando, quase sempre, somente os derradeiros quadros de sua passagem no mundo.
É preciso, porém, observar que, a par de beneficiários ingratos, de ouvintes indiferentes, de perseguidores cruéis e de discípulos vacilantes, houve um homem integral que atendeu a Jesus, hipotecando-lhe o coração sem macula e a consciência pura.
José da Galiléia foi um homem tão profundamente espiritual que seu vulto sublime escapa às analises limitadas de quem não pode prescindir do material humano para um serviço de definições.
Já pensaste no cristianismo sem ele?
Quando se fala excessivamente em falência das criaturas, recordemos que houve tempo em que Maria e o Cristo foram confiados pelas Forças Divinas a um homem.
Entretanto, embora honrado pela solicitação de um anjo, nunca se vangloriou de dádiva tão alta.
Não obstante contemplas a sedução que Jesus exercia sobre os doutores, nunca abandonou a sua carpintaria.
O mundo não tem outras notícias de suas atividades senão aquelas de atender às ordenações humanas, cumprindo um édito de César e as que no-lo mostram no templo e no lar, entre a adoração e o trabalho.
Sem qualquer situação de evidencia, deu a Jesus tudo quanto podia dar.
A ele deve o cristianismo à porta da primeira hora, mas José passou no mundo dentro do divino silêncio de Deus.

Emmanuel
Psicografia de Chico Xavier
Livro: Levantar e Seguir
Capitulo: 09
Ficha Tecnica:

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Divinos Dons

que Deus não nos deu o Espírito de temor, mas de fortaleza, de Amor e de Moderação.
II Timóteo, 1:7
Realmente, não foi o Pai Excelso quem nos instilou o Espírito do medo. Ao revés disso, conferiu-nos largamente a fortaleza da coragem, o amor e a moderação.
Todos somos, assim, dotados de recursos para desenvolver, ao infinito, os dons divinos da fortaleza que é valor moral, do Amor que é serviço incessante no bem e da moderação que define equilíbrio.
Entretanto, à maneira do operário que foge à máquina, acreditando receber impunemente o salário da oficina, sem o suor do trabalho, desertamos da responsabilidade, supondo obter sem paga os benefícios da vida, sem o esforço do próprio burilamento.
O operário, nessas circunstâncias, ganha vantagens materiais; contudo, na intimidade, permanece no nível da incompetência; e nós outros, em semelhante atitude, podemos desfrutar considerações do plano terrestre, mas por dentro, estacamos na sombra da ignorância.
É por isso que geramos, em nosso prejuízo, o clima de medo, em que os monstros do egoísmo, da discórdia, do desespero e da crueldade se desenvolvem, tanto quanto a cultura de várias enfermidades prolifera na podridão.
Não te percas, desse modo, nas ideias inquietantes ou destruidoras do medo, capazes de operar a ruína dos melhores impulsos, porque se utilizas a fortaleza da coragem, o amor e a moderação – talentos de que o Senhor te investiu em favor do próprio aperfeiçoamento – seguirás para diante, na Terra e além da Terra, com a luz do coração e a paz da consciência.

Emmanuel