sábado, 29 de março de 2014

Ação da paz

A paz é um dos tesouros mais desejados nos dias atuais. Muito se tem investido para se conseguir um pouco desse bem tão precioso.
Mas, será que nós, individualmente, temos feito investimentos efetivos visando tal conquista?
O que geralmente ocorre é que temos investido nossos esforços na direção contrária, e de maneira imprópria.
É muito comum se desejar a paz e buscá-la por caminhos tortos, que acabam nos distanciando dela ainda mais.
O Espírito Emmanuel, através da mediunidade de Chico Xavier, escreveu, certa feita, uma mensagem que intitulou Ação de paz:
Aflição condensada é semelhante à bomba de estopim curto, pronta a explodir a qualquer contato esfogueante.
Indispensável saber preservar a tranquilidade própria, de modo a sermos úteis na extinção dessa ou daquela dificuldade.
Decerto que, para cooperar no estabelecimento da paz, não nos seria lícito interpretar a calma por inércia.
Paciência é a compreensão que age sem barulho, em apoio da segurança geral.
Refletindo com acerto, recebe a hora de crise sem qualquer ideia de violência, porque a violência sempre induz ao estrangulamento da oportunidade de auxiliar.
Diante de qualquer informação desastrosa, busca revestir-te com a serenidade possível para que não te transformes num problema, pesando no problema que a vida te pede resolver.
Não afogues o pensamento nas nuvens do pessimismo, mentalizando ocorrências infelizes que, provavelmente, jamais aparecerão.
Evita julgar pessoas e situações em sentido negativo para que o arrependimento não te corroa as forças do Espírito.
Se te encontras diante de um caso de agressão, não respondas com outra agressão, a fim de que a intemperança mental não te precipite na vala da delinquência.
Pacifica a própria sensibilidade, para que a razão te oriente os impulsos.
Se conservas o hábito de orar, recorre à prece nos instantes difíceis, mas se não possuis essa bênção, medita suficientemente antes de falar ou de agir.
Os impactos emocionais, em qualquer parte, surgem na estrada de todos; guarda, por isso, a fé em Deus e em ti mesmo, de maneira a que não te afastes da paz interior, a fim de que nas horas sombrias da existência possa a tua paz converter-se em abençoada luz.
As palavras lúcidas de Emmanuel nos sugerem profundas reflexões em torno da nossa ação diária.
Importante que, na busca pela paz, não venhamos a ser causadores de desordem e violência.
Criando um ambiente de paz na própria intimidade, poderemos colaborar numa ação efetiva para que a paz reine em nosso lar, primeiramente, e, depois possa se estender mundo afora.
Se uma pessoa estiver permanentemente em ação de paz, o mundo à sua volta se beneficiará com essa atitude.
E se a paz mundial ainda não é realidade em nosso planeta, façamos paz em nosso mundo íntimo. Essa atitude só depende de uma única decisão: a nossa.
*   *    *
A nossa paz interior é capaz de neutralizar o ódio de muitas criaturas.
Se mantivermos acesa a chama da paz em nossa intimidade, então podemos acreditar que a paz mundial está bem próxima.
Porque, na verdade, a paz do mundo começa no íntimo de cada um de nós.
Redação do Momento Espírita, com base em
mensagem do livro 
Urgência, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, ed. GEEM.
Em 17.6.2013.

terça-feira, 25 de março de 2014

Esperança sem fronteira

Reuven Feuerstein era filho de um rabino da cidade romena de Botoani. Quando tinha oito anos, um cocheiro analfabeto lhe pediu para que o ensinasse a ler a Torá, o livro sagrado dos judeus, em troca de seu relógio de bolso.
O cocheiro aprendeu a ler, mas o garoto não ganhou o relógio. Esta é a história da vida do psicólogo Feuerstein que, no seu Centro Internacional de Desenvolvimento do Potencial de Aprendizagem, em Jerusalém, faz questão de não cobrar de seus pacientes.
Durante a Segunda Guerra Mundial, ele estudava Psicologia em Bucareste. Participou do movimento de resistência judeu, ajudando a enviar clandestinamente para a Palestina crianças, cujos pais tinham sido mandados para campos de concentração pelos nazistas.
Após a guerra, montou dois acampamentos para jovens traumatizados, sobreviventes do Holocausto, que não iam bem na escola.
Na Suíça, em 1948, estudou com Jean Piaget, o pai da Psicologia do Desenvolvimento.
De volta a Israel, prosseguiu a trabalhar no seu método para ajudar deficientes mentais ou jovens de baixo rendimento.
Seu método ainda é visto com desconfiança em alguns círculos acadêmicos.  Mas, o que é certo é que ele contribuiu, de maneira notável, para a compreensão das habilidades e sua capacidade de modificação.
Enquanto muitos educadores acham que as crianças deficientes devem receber tarefas que não exijam muito, quase sempre manuais, Feuerstein desafia seus alunos com problemas intelectuais complexos.
Em dezembro de 1988, ele entrou em uma sala de aula da Universidade Barillan, próxima a Tellaviv.
Podem me dar os parabéns, falou. Tenho o orgulho de anunciar que acabei de me tornar avô. Meu neto tem Síndrome de Down.
Hoje, Feuerstein afirma: Eu sempre disse aos pais que o nascimento de uma criança com Síndrome de Down era motivo de alegria, e não de tristeza.
Quando meu neto nasceu, aconteceu comigo. Muitas vezes eu havia me perguntado qual seria minha reação. Mas passei no teste. O menino é uma fonte de alegria para mim.
Aos treze anos, ele está matriculado em uma escola comum.
Diz o avô: Ele vai crescer, casar-se e ter um emprego normal, como qualquer outra pessoa.
E quando lhe perguntam: Que tipo de emprego, responde depressa o sábio Feuerstein: O de professor, talvez.
*   *   *
Todos somos irmãos, filhos do mesmo Pai, conforme ensinou o Mestre Jesus.
O psicólogo Feuerstein, em seu Instituto, dá provas desta verdade. Por suas mãos, passaram meninos novaiorquinos, como o pequeno Daniel, de onze anos; o pequeno autista da Costa Rica; o inglês Alex que, aos oito anos, teve removido o hemisfério esquerdo do cérebro e aos dezenove anos, aprendera a ler e a fazer as operações matemáticas básicas.
Mais do que isso: o rabino permitiu que seu método, que visa melhorar a inteligência e a capacidade de aprendizado, fosse traduzido para dezessete idiomas. Hoje, é ensinado em mais de cinquenta países, inclusive no Brasil.
Isso se chama fraternidade. Isso se chama esperança sem fronteiras.

Redação do Momento Espírita, com base no artigo Os milagres do Dr. Feuerstein, de Christopher Matthews,
de 
Seleções Reader´s Digest, de abril de 2002.
Em 1.3.2014.

domingo, 23 de março de 2014

Aconteceu em 22 de março de 2014

Aconteceu...
Ontem, sábado - 22/03, tivemos mais um encontro com as especiais crianças. Começamos com as atividades rotineiras de arrumação do salão, oração e ideoplastia, leitura de um texto não espírita que foca através do desenho animado, "Era do Gelo", a importância da união de uma equipe em prol de valores.
 
Às quinze horas, a Natália, Danyla, Ana Júlia, Gustavo, Marina e o Thomás foram chegando.
 
A Luana (estou considerando o planejamento maravilhoso) ministrou uma aula seqüencial com alongamento, diferentes tipos de arremesso de bola - bolas de diferentes tamanhos e cores envolveram todas as crianças. Durante a atividade as crianças se mantiveram assentadas, mas executando ações que envolviam ora braços, ora pernas. A atenção foi trabalhada. Muitas crianças respeitaram a vez da outra. Houve criança que colaborou com o coleguinha entregando a ele a bola que caiu um pouco mais distante. A cada arremesso aconteciam gritinhos de VIVA!   MUITO BEM! Luana e Diego se saíram muito bem.
 
Logo após tivemos a programação da Elzira: que desenvolveu a dinâmica da Toca do Coelho. Nesta atividade as crianças e equipe permaneceram em pé.  Desenvolveu atenção, percepção espacial, agilidade dentre outras. Para induzir a criança a procurar o local onde estava a toca, a equipe parava de cantar as músicas de roda: Ciranda cirandinha, Não atirei o pau no gato, Escravos de Jó. Logo a seguir ela voltou na aula "reabilitação de programação anterior", que considerei como volta à calma. A cada encontro a Elzira ganha mais e mais espaço!
 
A postura de cada membro da equipe foi maravilhosa, como sempre. Cada criança acompanhada, recebendo o incentivo indispensável para se inserir no contexto trabalhado, adaptação a outra atividade, retorno ao grupo quando é o caso. Identifico o voluntário como aquele que interpreta a necessidade da criança e a executa de modo pedagógico. Voluntário dedicado, que trabalha com doação de amor. Vejo em várias fisionomias que o voluntário esquece-se de si próprio e vive a ação e reação de cada criança. A isto denomino “doação”.
 
Fiz uma retrospectiva dos primeiros encontros: Lembro que cada encontro teve sua razão de ser, aconteceu num cenário que lhe foi próprio. Tivemos momentos também repletos do melhor a ser oferecido. Mas atualmente, acredito que nossas crianças têm o tempo de fazer atividades direcionadas onde fica ora assentada, ora em pé, trabalha todas as partes do corpo, socialização etc. Houve evolução da criança e da equipe. Hoje, numa nova roupagem de atividades, considero que maior quantitativo de crianças, por tempo específico, permanece no grupo da atividade desenvolvida. A criança participa mais intensivamente. Responde mais as nossas solicitações. É mais freqüente a cada encontro.  Há maior aceitação e direcionamento para aquela criança que não aceita a atividade. O tempo em que a criança atende nossos comandos é muito maior!  Anda acontecendo que ao final, no tempo livre, a criança está necessitando traçar um direcionamento de atividade. Atividades mais dispersivas. Uma criança precisa ir para o quadro de giz, outra precisa ter papel e lápis, outra precisa empurrar a cadeira, andar na rua (com autorização por escrito da mãe), rasgar papel... Assim na última avaliação pensamos neste tempo livre.
 
Acredito que é muito importante ter a programação da Luana e da Elzira. Programações estas que serão ampliadas no momento em que forem sendo consolidadas, com o tempo, sem causar cansaço. Por exemplo, no segundo encontro de abril a Elzira usará colocará a argila; no primeiro encontro de maio, se necessário, repetiremos a atividade de argila com a criança que houver se ausentado do encontro anterior. No primeiro encontro de maio ela fará também a atividade com pintura no tecido. Logo, acredito que a Elzira “poderá” desenvolver a atividade de túnel, balanço (rede), sem abandonar o Método Braga. É expandir, com método, a técnica observando o crescimento da criança e da equipe. Tudo isso leva tempo, onde se faz necessário conversar, refletir e se for o caso mudar o foco de trabalho. Nada temos de novo. Temos um caminho a traçar e aperfeiçoar.
 
Quanto à necessidade de contenção de uma criança: abraços que a impedem de ter uma ação não indicada, acariciar o rosto da criança, quando esta nos dá um tapa, usar a voz firme quando desejamos que ela não desenvolvesse um procedimento também não indicado foram ratificados por pessoal que trabalha juntamente com psicólogos em visita neste encontro.  Fátima e Marileia estão mestras nestas atividades.
 
Acredite!!! Comendo pipoca e tomando refrigerante, as mães em companhia da Dani e da Kellen passaram a tarde assistindo o filme “Óleo de Lorenzo”. Quando estive na porta da sala ouvi comentário de que ali é um local especial. (palavras minhas, mas dentro do contexto; fato comprovado pela fala da Dani no momento de avaliação). A permanência da mãe está como um dos objetivos a serem alcançados. E elas adoram esse espaço. A cada atividade desenvolvida está sempre implícito o objetivo de autoajuda, reflexão e descontração, dentre outros.
 
Cantamos parabéns para a Danyla, pois em 23/03 ela faz aniversário. Aqui todas as mães estiveram presentes, bem como a avó da Danyla. Agradecemos a Miria pelo saboroso lanche e também lhe desejamos felicidades.
 
À tarde de encontro chegou ao final quando a Deléia, mãe do Gustavo iniciou a oração “Pai Nosso” e cantamos novamente parabéns para a Danyla.
 
Fica aqui uma pergunta a cada pessoa da equipe (por favor, é importante para a Flora).
Como você se sente a cada encontro?
 Como você avalia cada encontro.?
Se você não quiser escrever, por favor, fale comigo.
Flora- 23/03/13






De alma desperta 7 minutos com Emmanuel

DE ALMA DESPERTA
Por isso te lembro despertes o dom de Deus que existe em ti.
II Timóteo, 1:6
É indispensável muito esforço de vontade para não nos perdermos indefinidamente na sombra dos impulsos primitivistas.
À frente dos milênios passados, em nosso campo evolutivo, somos suscetíveis de longa permanência nos resvaladouros do erro, cristalizando atitudes em desacordo com as Leis Eternas.
Para que não nos demoremos no fundo dos precipícios, temos ao nosso dispor a luz da Revelação Divina, dádiva do Alto, que, em hipótese alguma, devemos permitir se extinga em nós.
Em face da extensa e pesada bagagem de nossas necessidades de regeneração e aperfeiçoamento, as tentações para o desvio surgem com esmagadora percentagem sobre as sugestões de prosseguimento no caminho reto, dentro da ascensão espiritual.
Nas menores atividades da luta humana, o aprendiz é influenciado a permanecer às escuras.
Nas palestras comuns, cercam-no insinuações caluniosas e descabidas. Nos pensamentos habituais, recebe mil e um convites desordenados das zonas inferiores. Nas aplicações da justiça, é compelido a difíceis recapitulações, em virtude do demasiado individualismo do pretérito que procura perpetuar-se. Nas ações de trabalho, em obediência às determinações da vida, é, muita vez, levado a buscar descanso indevido.
Até mesmo na alimentação do corpo é conduzido a perigosas convocações ao desequilíbrio. Por essa razão, Paulo aconselhava ao companheiro não olvidasse a necessidade de acordar o “dom de Deus”, no altar do coração.
Que o homem sofrerá tentações, que cairá muitas vezes, que se afligirá com decepções e desânimos, na estrada iluminativa, não padece dúvida para nenhum de nós, irmãos mais velhos em experiência maior; entretanto, é imprescindível marcharmos de alma desperta, na posição de reerguimento e reedificação, sempre que necessário.
Que as sombras do passado nos fustiguem, mas jamais nos esqueçamos de reacender a própria que luz.

Emmanuel

Produção: SER