Aconteceu...
Ontem, sábado - 22/03, tivemos mais um encontro
com as especiais crianças. Começamos com as atividades rotineiras de arrumação
do salão, oração e ideoplastia, leitura de um texto não espírita que foca
através do desenho animado, "Era do Gelo", a importância da união de uma
equipe em prol de valores.
Às quinze horas, a
Natália, Danyla, Ana Júlia, Gustavo, Marina e o Thomás foram chegando.
A Luana (estou considerando o
planejamento maravilhoso) ministrou uma aula seqüencial com alongamento, diferentes
tipos de arremesso de bola - bolas de diferentes tamanhos e cores envolveram
todas as crianças. Durante a atividade as crianças se mantiveram assentadas,
mas executando ações que envolviam ora braços, ora pernas. A atenção foi
trabalhada. Muitas crianças respeitaram a vez da outra. Houve criança que
colaborou com o coleguinha entregando a ele a bola que caiu um pouco mais
distante. A cada arremesso aconteciam gritinhos de VIVA! MUITO BEM! Luana e Diego se saíram muito
bem.
Logo após tivemos a programação
da Elzira: que desenvolveu a dinâmica da Toca do Coelho. Nesta atividade
as crianças e equipe permaneceram em pé. Desenvolveu atenção, percepção espacial,
agilidade dentre outras. Para induzir a criança a procurar o local onde estava
a toca, a equipe parava de cantar as músicas de roda: Ciranda cirandinha, Não
atirei o pau no gato, Escravos de Jó. Logo a seguir ela voltou na aula
"reabilitação de programação anterior", que considerei como volta à calma. A
cada encontro a Elzira ganha mais e mais espaço!
A postura de cada membro da
equipe foi maravilhosa, como sempre. Cada criança acompanhada, recebendo o
incentivo indispensável para se inserir no contexto trabalhado, adaptação a
outra atividade, retorno ao grupo quando é o caso. Identifico o voluntário como
aquele que interpreta a necessidade da criança e a executa de modo pedagógico.
Voluntário dedicado, que trabalha com doação de amor. Vejo em várias
fisionomias que o voluntário esquece-se de si próprio e vive a ação e reação de
cada criança. A isto denomino “doação”.
Fiz uma retrospectiva dos
primeiros encontros: Lembro que cada encontro teve sua razão de ser, aconteceu
num cenário que lhe foi próprio. Tivemos momentos também repletos do melhor a
ser oferecido. Mas atualmente, acredito que nossas crianças têm o tempo de
fazer atividades direcionadas onde fica ora assentada, ora em pé, trabalha
todas as partes do corpo, socialização etc. Houve evolução da criança e da
equipe. Hoje, numa nova roupagem de atividades, considero que maior
quantitativo de crianças, por tempo específico, permanece no grupo da atividade
desenvolvida. A criança participa mais intensivamente. Responde mais as nossas
solicitações. É mais freqüente a cada encontro. Há maior aceitação e direcionamento para
aquela criança que não aceita a atividade. O tempo em que a criança atende
nossos comandos é muito maior! Anda
acontecendo que ao final, no tempo livre, a criança está necessitando traçar um
direcionamento de atividade. Atividades mais dispersivas. Uma criança precisa
ir para o quadro de giz, outra precisa ter papel e lápis, outra precisa
empurrar a cadeira, andar na rua (com autorização por escrito da mãe), rasgar papel...
Assim na última avaliação pensamos neste tempo livre.
Acredito que é muito
importante ter a programação da Luana e da Elzira. Programações estas que serão
ampliadas no momento em que forem sendo consolidadas, com o tempo, sem causar
cansaço. Por exemplo, no segundo encontro de abril a Elzira usará colocará a
argila; no primeiro encontro de maio, se necessário, repetiremos a atividade de
argila com a criança que houver se ausentado do encontro anterior. No primeiro
encontro de maio ela fará também a atividade com pintura no tecido. Logo,
acredito que a Elzira “poderá” desenvolver a atividade de túnel, balanço (rede),
sem abandonar o Método Braga. É expandir, com método, a técnica observando o
crescimento da criança e da equipe. Tudo isso leva tempo, onde se faz
necessário conversar, refletir e se for o caso mudar o foco de trabalho. Nada
temos de novo. Temos um caminho a traçar e aperfeiçoar.
Quanto à necessidade de contenção
de uma criança: abraços que a impedem de ter uma ação não indicada, acariciar o
rosto da criança, quando esta nos dá um tapa, usar a voz firme quando desejamos
que ela não desenvolvesse um procedimento também não indicado foram ratificados
por pessoal que trabalha juntamente com psicólogos em visita neste
encontro. Fátima e Marileia estão
mestras nestas atividades.
Acredite!!! Comendo pipoca e
tomando refrigerante, as mães em companhia da Dani e da Kellen passaram a tarde
assistindo o filme “Óleo de Lorenzo”. Quando estive na porta da sala ouvi
comentário de que ali é um local especial. (palavras minhas, mas dentro do
contexto; fato comprovado pela fala da Dani no momento de avaliação). A
permanência da mãe está como um dos objetivos a serem alcançados. E elas adoram
esse espaço. A cada atividade desenvolvida está sempre implícito o objetivo de
autoajuda, reflexão e descontração, dentre outros.
Cantamos parabéns para a Danyla,
pois em 23/03 ela faz aniversário. Aqui todas as mães estiveram presentes, bem
como a avó da Danyla. Agradecemos a Miria pelo saboroso lanche e também lhe
desejamos felicidades.
À tarde de encontro chegou ao
final quando a Deléia, mãe do Gustavo iniciou a oração “Pai Nosso” e cantamos
novamente parabéns para a Danyla.
Fica aqui uma pergunta a cada
pessoa da equipe (por favor, é importante para a Flora).
Como você se sente a cada
encontro?
Como você avalia cada encontro.?
Se você não quiser escrever, por
favor, fale comigo.
Flora- 23/03/13
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