segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Bom texto para conhecimento e estudos

"Nunca nos cansaremos de repetir que mediunidade é sintonia. 
Subamos aos cimos da virtude e do conhecimento e a mediunidade, 
na condição de serviço de sintonia com o Plano Divino, se elevará conosco.
"

(Chico Xavier)


A mediunidade é uma faculdade portadora de intrincados, sutis e complexos mecanismos, que tem muito a ver com o passado do medianeiro, bem como se relaciona com as suas possibilidades de serviço e de integração no programa de iluminação da própria e de outras consciências.

O médium é, essencialmente, um Espírito em prova, resgatando equívocos e débitos que lhe ficaram na retaguarda moral. A presença da faculdade não lhe concede qualquer tipo de privilégio ou destaque na comunidade, não devendo constituir-lhe motivo de orgulho ou de ostentação, antes sendo-lhe um especial instrumento para o ajudar na reparação de dívidas e adquirir o equilíbrio espiritual.

Mesmo quando o fenômeno se lhe apresenta ostensivo, isso não significa destinação para ser missionário de um para outro momento.

O mediunato é adquirido mediante sacrifício pessoal e muita renúncia, trabalho incessante e humildade no desempenho das tarefas que lhe dizem respeito.
(Manoel Philomeno de Miranda)


PERGUNTAS EXTRAÍDAS DO LIVRO: QUALIDADE NA PRÁTICA MEDIÚNICA

1. O afloramento da mediunidade tem época para acontecer?
Espontânea, surge em qualquer idade, posição social, denominação religiosa ou cepticismo no qual se encontre o indivíduo.

Normalmente chama a atenção pelos fenômenos insólitos de que se faz portadora, produzindo efeitos físicos e intelectuais, bem como manifestações na área visual, auditiva, apresentando-se com gama variada conforme as diversas expressões intelectuais, materiais e subjetivas que se exteriorizam no dia-a-dia de todos os seres humanos.

(MÉDIUNS E MEDIUNIDADES, Cap. 7, Vianna de Carvalho/Divaldo P. Franco - LEAL)

3. De que modo a faculdade se manifesta?
Explodindo com relativa violência em determinados indivíduos, graças a cuja manifestação surgem perturbações de vária ordem, noutros aparece sutilmente, favorecendo a penetração em mais amplas faixas vibratórias, aquelas de onde se procede antes do corpo e para cujo círculo se retorna depois do desgaste carnal.

(MOMENTOS DE CONSCIÊNCIA, Cap. 19, Joanna de Angelis/Divaldo P. Franco - LEAL)

4. Que outras características podem ser identificadas no afloramento mediúnico?

A princípio, surge como sensações estranhas de presenças psíquicas ou físicas algo perturbadoras, gerando medo ou ansiedade, inquietação ou incerteza.

Em alguns momentos, turba-se a lucidez, para, noutros, abrirem-se brechas luminosas na mente, apercebendo-se de um outro tipo mais sutil de realidade.

(MOMENTOS DE CONSCIÊNCIA, Cap. 19, Joanna de Angelis/Divaldo P. Franco - LEAL)

5. Como deve proceder o médium nessa fase de registros de presença de seres desencarnados?

Silencia a inquietação e penetra-te através da meditação. Ora, de início, e ausculta a consciência. Procura desdobrar a percepção psíquica sem qualquer receio e ouvirás palavras acalentadoras, e verás pessoas queridas acercando-se de ti.


(MOMENTOS DE CONSCIÊNCIA, Cap. 19, Joanna de Angelis/Divaldo P. Franco - LEAL)

6. Os sintomas desagradáveis que acompanham o desabrochar da mediunidade são gerados pela faculdade?
Às vezes, quando do aparecimento da mediunidade, surgem distúrbios vários, sejam na área orgânica, através de desequilíbrios e doenças, ou mediante inquietações emocionais e psiquiátricas, por debilidade da sua constituição fisiopsicológica.

Não é a mediunidade que gera o distúrbio no organismo, mas a ação fluídica dos Espíritos que favorece a distonia ou não, de acordo com a qualidade de que esta se reveste. Por outro lado, quando a ação espiritual é salutar, uma aura de paz e de bem-estar envolve o medianeiro, auxiliando-o na preservação das forças que o nutrem e sustentam durante a existência física.

A mediunidade, em si mesma, não é boa nem é má, antes, apresenta-se em caráter de neutralidade, ensejando ao homem utilizá-la conforme lhe aprouver, desse uso derivando os resultados que acompanharão o medianeiro até o momento final da sua etapa evolutiva no corpo.

{MÉDIUNS E MEDIUNIDADES, Cap. 7, Vianna de Carvalho/Divaldo P. Franco - LEAL).

7. Por que motivos o afloramento da mediunidade surge, em grande número dos casos, sob ações obsessivas?
Como se pode avaliar, o período inicial de educação mediúnica sempre se dá sob ações tormentosas. O médium é Espírito endividado, em si mesmo, com vasta cópia de compromissos a resgatar, quanto a desdobrar, trazendo matrizes que facultam o acoplamento de mentes perniciosas do Além-Túmulo, que o impelem ao trabalho de auto burilamento, quanto ao exercício da caridade, da paciência e do amor para com os mesmos. Além disso, em considerando os seus débitos, vincula-se aos cobradores que o não querem perder de vista, sitiando-lhe a casa mental, afligindo-o com o recurso de um campo precioso e vasto, qual é a percepção mediúnica, tentando impedir-lhe o crescimento espiritual, mediante o qual lograria libertar-se do jugo infeliz. Criam armadilhas, situações difíceis, predispõem mal aquele que os sofrem, cercam-no de incompreensões, porque vivem em diferente faixa vibratória, peculiar, diversa aos que não possuem disposições medianímicas.

É um calvário abençoado, a fase inicial do exercício e desdobramento da mediunidade. Outrossim, este é o meio de ampliar, desenvolver o treinamento do sensitivo, que aprende a discernir o tom psíquico dos que o acompanham, em espírito, tomando conhecimento das "leis dos fluidos" e armando-se de resistência para combater as "más inclinações" que são os ímãs a atrair os que se encontram em estado de Erraticidade inferior.

(NAS FRONTEIRAS DA LOUCURA, Cap. 23, Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo P. Franco - FEB).

40. Os Espíritos sofredores carregam as suas dores durante muito tempo, às vezes por décadas e mesmo séculos. Qual o benefício proporcionado aos mesmos, no breve atendimento feito durante a prática mediúnica?


O mesmo bem-estar que logra uma pessoa que se encontra num estado depressivo e conversa com alguém otimista. Aquele primeiro contato não lhe resolve o problema, mas abre uma brecha na escuridão que reina intimamente no campo mental do desencarnado.

Quando alguém está com um problema e vai ao psicanalista, a solução não vem de imediato, porém abre-se um espaço. Na segunda sessão, já deixa uma interrogação e na terceira aponta-se o rumo a ser seguido, dependendo da profundidade da problemática. Na prática mediúnica há um detalhe a considerar que é muito importante: quando o Espírito aproxima-se do médium, este, como uma esponja, absorve a energia positiva ou negativa, a depender do grau de evolução do comunicante. No caso de um Espírito bom, o médium sente uma sensação de euforia, bem-estar e de desdobramento espiritual. Quando se trata de um Espírito sofredor, o sensitivo, ao absorver-lhe a energia, diminui-lhe a densidade vibratória e ele já melhora.

Para se ter uma ideia, é como se estivéssemos sufocados por uma compressão íntima a respeito de alguma coisa e, de repente abríssemos a boca e desabafássemos este estado angustiante. Nesse ínterim, o médium absorve a energia deletéria e, mesmo que não ocorra uma doutrinação correta, a Entidade já melhora porque perdeu aquela emanação negativa que a desequilibrava.

Os Espíritos sofredores ficam envolvidos dentro de um círculo vicioso, comparado a alguém dentro de uma sala fechada, onde o oxigênio vai ficando viciado na medida que se processa o fenômeno respiratório por não existir renovação de ar no meio ambiente. No instante em que esta renovação se dá, o indivíduo aspira o ar purificado e sai da situação sufocante.

No fenômeno da psicofonia ou incorporação, o Espírito comunicante sai de um verdadeiro estado de estupor só pelo fato de aproximar-se do campo magnético do médium. Na doutrinação já se lhe desperta a mente para que, utilizando-se da aparelhagem mediúnica, possa ouvir e mudar a maneira de encarar o seu problema perturbador.

Por mais rápida que seja a comunicação, o Espírito sofredor recebe o benefício eficaz daquele instante, às vezes fugidio. O mesmo não acontece quando é um Espírito calceta. Se vou falar a uma pessoa que está sofrendo honestamente, as minhas probabilidades de êxito em consolá-la são maiores do que falando a uma pessoa rebelde e vingativa. No entanto, embora não se consiga bons resultados no primeiro tentame, pelo menos a entidade verifica que nem todos estão de acordo com o que pensa, abrindo-se assim uma clareira interrogativa na sua mente.


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