No capítulo 10 do livro “Boa Nova”, de Humberto de Campos, o autor começa relatando os problemas que Jesus teve quando foi pregar o Evangelho em Nazaré, a cidade onde viveu.
Nessa época, Jesus já estava conhecido, bem como o que ele pregava. E isso chamou a atenção dos judeus ortodoxos da época, pois eles receavam o conceito de igualdade pregado pelo Mestre. Com isso criaram uma série de tumultos durante as pregações de Jesus, impedindo que ele as continuasse.
Pregando a mansidão, Jesus nunca poderia entrar em conflito com quem quer que fosse. Seus discípulos ainda não entendiam isso, e se irritavam com a calma do Mestre, chegando a discutir entre si. Exatamente como fazem algumas religiões hoje, quando criticam o trabalho de outros sem a devida análise.
- Evitando maiores problemas, Jesus mandou que todos seus discípulos se retirassem de Nazaré. Mesmo assim, eles continuaram irritados, por não entenderem a reação do Mestre e, alguns dias depois, procuraram Jesus e explicaram o motivo dos revides dados aos ofensores, ao que Jesus respondeu: “Acaso poderemos colher uvas em espinheiros?”
- Jesus explica como deve ser a resposta aos opositores: “Procurei ensinar que a melhor réplica é sempre a do nosso próprio trabalho, do esforço útil que nos seja possível”.
- Ao dizer que “não deixou de operar em sua esfera de ação”, fazendo o melhor possível, o Mestre deixa claro que a única coisa possível é o exemplo do não-conflito.
- Reafirmando a inutilidade das discussões com os opositores, diz Jesus: “De que serviriam as longas discussões públicas, inçadas de doestos e zombarias?”
- O Mestre explica que atitudes de discussão entre opositores reduzem a oportunidade do esclarecimento pelo amor, aumentando a separatividade com o consequente ódio.
- Após as orientações do Mestre sobre evitar discussões infrutíferas com opositores , Felipe exclama, quase com mágoa, que falavam mal de Jesus. E o Mestre lhe dá uma resposta muito importante: “Mas não será vaidade exigirmos que toda gente faça de nossa personalidade elevado conceito?”
- Fortificando a lição de que não devemos ser vaidosos exigindo que todos compreendam nosso ponto de vista e explicando que “nem sempre constitui bom atestado da nossa conduta o falarem todos bem de nós”, diz Jesus: “Agradar a todos é marchar pelo caminho largo, onde estão as mentiras da convenção“.
- Jesus explica que, mesmo ao custo do conceito que fazem de nós, “… antes dele necessitamos obter a aprovação da consciência, dentro de nossa lealdade para com Deus”.
- Como saber se estamos sendo leais a Deus ao respeitar o ponto de vista dos opositores?
- Quando Pedro pergunta se nunca deve usar palavras enérgicas e justas, Jesus diz: “Em toda circunstância, convém naturalmente que se diga o necessário, porém, é também imprescindível que não se perca tempo”.
- Quando Felipe pergunta sobre o destino do Evangelho, se os próprios discípulos entraram em discussão, Jesus pergunta: “Já edificaste o reino de Deus no íntimo do teu Espírito?”
- O Mestre Amigo explica que em um colegiado qualquer, só não haverá quem cometa erros quando todos forem perfeitos. A presença de um único imperfeito, já tornaria o próprio colegiado imperfeito, pela possibilidade de haver esse único que erre.
- Jesus nos mostra a necessidade do perdão, dizendo que devemos perdoar e esquecer as ofensas de todos os que discordam de nós, pacificamente ou não. Mostra que se às vezes um companheiro nos parece insuportável, nós também poderemos sê-lo. Quando Pedro pergunta se devemos esperar que o inimigo se arrependa para perdoá-lo, eis o que Jesus diz: “O perdão não exclui a necessidade da vigilância, como o amor não prescinde da verdade”.
- Concluindo a lição sobre a importância do perdão, diz Jesus: “…mas em nenhuma circunstância cogites de saber se o teu irmão está arrependido. Esquece o mal e trabalhe pelo bem (…) Ninguém pode ir a Deus com um sentimento de odiosidade no coração. Não podemos saber se o nosso adversário está disposto à conciliação; todavia, podemos garantir que nada se fará sem a nossa boa-vontade e pleno esquecimento dos males recebidos”.
a) Aqui nosso Mestre mostra que nunca devemos forçar o aprendizado de ninguém;
b) É preciso sempre respeitar a velocidade de todos em seu aprendizado;
c) Com nosso livre-arbítrio, só aprenderemos e nos modificaremos quando quisermos;
d) Diz Jesus: “De modo algum me empenharia em Nazaré numa contradita estéril com meus opositores”;
e) Contradita estéril, ou seja, que não daria nenhum resultado;
f) Tentar forçar a vontade de alguém sempre será desperdício de tempo e de trabalho.
a) Esforço útil possível é aquilo que esteja ao nosso alcance, feito sempre em busca do bem, respeitando a velocidade do próximo, como queremos a nossa respeitada;
b) Mostrar pelo exemplo de nosso esforço no bem, ao invés de discutir, será sempre a melhor tática.
b) Mostrar pelo exemplo de nosso esforço no bem, ao invés de discutir, será sempre a melhor tática.
a) Quando não há o que fazer, o melhor é o silêncio e a oração;
b) Visto que, com certeza, Deus sempre ajudará a resolver os problemas da melhor maneira para todos.
b) Visto que, com certeza, Deus sempre ajudará a resolver os problemas da melhor maneira para todos.
a) Quando todo mundo quer ter razão, todo mundo está errado;
b) Daí a necessidade da busca da verdade, pois que ela não pode ser imposta, mas aceita.
b) Daí a necessidade da busca da verdade, pois que ela não pode ser imposta, mas aceita.
a) Quanto mais nossa vaidade nos força a impor nosso ponto de vista, mais a vaidade alheia se reforça, gerando intermináveis conflitos;
b) Só o comportamento humilde, do não-conflito, encaminhará a situação para a solução mais apropriada;
c) É preciso dizer apenas o que nosso comportamento possa comprovar, na ação do bem;
d) Senão, como diz Paulo de Tarso, seremos como um sino que só faz barulho.
b) Só o comportamento humilde, do não-conflito, encaminhará a situação para a solução mais apropriada;
c) É preciso dizer apenas o que nosso comportamento possa comprovar, na ação do bem;
d) Senão, como diz Paulo de Tarso, seremos como um sino que só faz barulho.
a) Se nosso Mestre deixou claro que não satisfaria todo mundo, quem somos nós para fazê-lo?
b) Mais grave ainda que achar que deveríamos ser admirados por todos é tentar impor nossa opinião. Seria o máximo da vaidade.
b) Mais grave ainda que achar que deveríamos ser admirados por todos é tentar impor nossa opinião. Seria o máximo da vaidade.
a) Eis onde nossa vaidade pode nos levar: quantos conflitos para nós e para os outros podemos criar?
b) E o pior é entrarmos justamente pelo caminho do qual devemos fazer todo esforço para sair.
c) Veja a importância da Humildade.
b) E o pior é entrarmos justamente pelo caminho do qual devemos fazer todo esforço para sair.
c) Veja a importância da Humildade.
a) Tentar esclarecer ou alertar alguém é nossa obrigação;
b) Aceitar ou não é parte da consciência do outro, não da nossa;
c) Antes de tentar forçar alguém, vamos pensar: gostaríamos que ele estivesse nos forçando?
d) A resposta é sempre não; logo, também não devemos fazer com os outros;
e) A paciência e o trabalho silencioso são, em muitos destes casos, o remédio mais acertado para a situação.
b) Aceitar ou não é parte da consciência do outro, não da nossa;
c) Antes de tentar forçar alguém, vamos pensar: gostaríamos que ele estivesse nos forçando?
d) A resposta é sempre não; logo, também não devemos fazer com os outros;
e) A paciência e o trabalho silencioso são, em muitos destes casos, o remédio mais acertado para a situação.
a) Em primeiro, lembrando que se fosse o melhor forçar a vontade de alguém, Deus o faria —e com infinitos meios, muito melhores que os nossos;
b) Mas a maior prova de que Deus não acha que forçar a vontade é o melhor é a Lei do Livre-Arbítrio;
c) Pela Lei do Livre-Arbítrio, Deus respeita integralmente a nossa vontade, e permite até que discordemos dele;
d) Se ele não força ninguém, qual de nós teria o mínimo direito de fazê-lo?
b) Mas a maior prova de que Deus não acha que forçar a vontade é o melhor é a Lei do Livre-Arbítrio;
c) Pela Lei do Livre-Arbítrio, Deus respeita integralmente a nossa vontade, e permite até que discordemos dele;
d) Se ele não força ninguém, qual de nós teria o mínimo direito de fazê-lo?
a) Ou seja, alertar é sempre necessário;
b) Insistir, quando não querem ouvir, é perda de tempo.
b) Insistir, quando não querem ouvir, é perda de tempo.
a) Novamente Jesus explica que só ensina quem já aprendeu;
b) É por isso que nunca podemos ditar regras de moral a ninguém;
c) Só poderemos fazê-lo pelo exemplo, pois aí significa que aprendemos;
d) Note-se ainda a expressão enérgica de Jesus.
b) É por isso que nunca podemos ditar regras de moral a ninguém;
c) Só poderemos fazê-lo pelo exemplo, pois aí significa que aprendemos;
d) Note-se ainda a expressão enérgica de Jesus.
a) Sem dúvida, essa foi a maior razão pela qual Jesus não escreveu nada do que ensinou —era preciso respeitar nossa imperfeição;
b) Pois tudo o que ele escrevesse seria perfeito, e não mais teríamos que nos esforçar para aprendermos e desenvolvermos nossa vontade própria;
c) Mas se assim fosse, Deus nos teria criado perfeitos;
d) Sem isso, Jesus não estaria sendo leal a Deus;
e) Porém, através da Caridade, Jesus nos ensina a acertar, desde que livremente estejamos querendo praticá-la;
f) E é por isso que o exemplo é sempre o melhor caminho para ensinarmos;
g) Com ele nunca estaremos forçando ninguém, pois só nos imita quem quer;
h) Caridade é, portanto, a solução perfeita que Deus colocou em nosso caminho;
i) Com ela, mesmo sendo imperfeitos, nunca erramos.
b) Pois tudo o que ele escrevesse seria perfeito, e não mais teríamos que nos esforçar para aprendermos e desenvolvermos nossa vontade própria;
c) Mas se assim fosse, Deus nos teria criado perfeitos;
d) Sem isso, Jesus não estaria sendo leal a Deus;
e) Porém, através da Caridade, Jesus nos ensina a acertar, desde que livremente estejamos querendo praticá-la;
f) E é por isso que o exemplo é sempre o melhor caminho para ensinarmos;
g) Com ele nunca estaremos forçando ninguém, pois só nos imita quem quer;
h) Caridade é, portanto, a solução perfeita que Deus colocou em nosso caminho;
i) Com ela, mesmo sendo imperfeitos, nunca erramos.
a) Jesus não diz que é preciso ser manso como o cordeiro, mas astuto como a serpente?
b) É claro que devemos nos resguardar contra o engodo e a hipocrisia, contra a má intenção dos outros;
c) Mas sempre lembrando que estamos buscando a verdade dos fatos para nos protegermos, e nunca querendo retribuir o “mal”;
d) Lembrando também que o “mal”, mais do que perdoado, deve ser esquecido;
e) Pois enquanto estivermos nos lembrando do “mal” não teremos tempo para nos lembrarmos do bem e praticá-lo;
f) Lembremos que para o amor não existe o inimigo, mas o irmão desequilibrado;
g) E quem está desequilibrado está doente, passível de melhorar mais rápido com o bem, e não com o castigo;
h) Daí também a explicação do porque Deus não castiga —quem ama esquece, e quem esquece não precisa perdoar;
i) Somente precisamos perdoar quando temos dificuldade em amar.
b) É claro que devemos nos resguardar contra o engodo e a hipocrisia, contra a má intenção dos outros;
c) Mas sempre lembrando que estamos buscando a verdade dos fatos para nos protegermos, e nunca querendo retribuir o “mal”;
d) Lembrando também que o “mal”, mais do que perdoado, deve ser esquecido;
e) Pois enquanto estivermos nos lembrando do “mal” não teremos tempo para nos lembrarmos do bem e praticá-lo;
f) Lembremos que para o amor não existe o inimigo, mas o irmão desequilibrado;
g) E quem está desequilibrado está doente, passível de melhorar mais rápido com o bem, e não com o castigo;
h) Daí também a explicação do porque Deus não castiga —quem ama esquece, e quem esquece não precisa perdoar;
i) Somente precisamos perdoar quando temos dificuldade em amar.
a) Esquecer o mal e trabalhar pelo bem, eis a receita de Jesus;
b) Ir a Deus é o mesmo que senti-lo —e o ódio é uma bolha que nos isola do Pai;
c) E se o esquecimento do mal nos livra do ódio, será sempre a Caridade que nos levará ao bem.
b) Ir a Deus é o mesmo que senti-lo —e o ódio é uma bolha que nos isola do Pai;
c) E se o esquecimento do mal nos livra do ódio, será sempre a Caridade que nos levará ao bem.
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